EDITORIAL
Fogo sem excessos
Confira o Editorial do Jornal A TARDE deste domingo, 18
A alegria e a espontaneidade das festas juninas, no convívio de pessoas queridas, não pode sofrer o risco de brusca interrupção, quando se descuida do perigo do fogo, capaz tanto de produzir belezas quanto queimaduras.
Embora não se possa dizer “São João” sem uma fogueira a iluminar os pares, é razoável guardar distância, especialmente nos momentos de ter a lucidez reduzida pela condição ébria provocada pela delícia dos licores.
Quem aprecia o barulho das bombas, pode por prudência, jamais guardar os artefatos nos bolsos das calças, sabendo-se da facilidade de explosão, quando se une a pólvora, o oxigênio e algum meio de ignição, até um simples fósforo.
Nos municípios e regiões nos quais a popular espada é favorita, escapar das batalhas é a opção razoável, deixando os duelos para aqueles mais valentes, embora o destemor não raro resulte em dor e sofrimento.
Não é incomum escutar-se relatos de pessoas feridas e até gravemente marcadas pelo corpo, no entanto, a prática é difícil de vigiar e punir, por ter se tornado uma manifestação cultural secular, transmitida de geração em geração.
Está prevista a distribuição de profissionais de saúde em hospitais e postos com um total de 564 plantões, incluindo vigilância, assistência e orientação, em investimento de R$ 3 milhões por parte do governo estadual.
Estrategicamente em locais onde as ocorrências costumam ser frequentes, ficarão posicionadas unidades com centros especializados em tratamento de queimaduras.
Cerca de 200 profissionais especializados, além de cirurgiões, estarão de prontidão para atender emergências, pois a expectativa é a de repetição de episódios evitáveis.
Em casos mais graves, o Hospital Geral do Estado, em Salvador, terá uma sala para curativos maiores, além de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e leitos de enfermaria.
O melhor mesmo, no entanto, é buscar o equilíbrio, nem a covardia de sequer sair para aproveitar a pândega, nem o excesso de fazer da ocasião uma desnecessária catarse, ao escolher a proteção de si e dos outros.
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