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OPINIÃO

Inferno na Babilônia

Confira o editorial do jornal A TARDE desta segunda

Por Editorial

13/01/2025 - 7:16 h
Imagem ilustrativa da imagem Inferno na Babilônia
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As gigantescas fogueiras em Los Angeles, Estados Unidos, às vésperas da posse para o segundo mandato de Donald Trump, podem ser interpretadas como “aviso” e até “castigo” para místicos e crédulos, no entanto não deixa de causar, senão espanto, a curiosidade pela coincidência de associação com o líder negacionista ignorante dos desequilíbrios climáticos.

Uma boa pista para validar esta suposição é a insistência em desprezar a união do globo em torno de ações de desenvolvimento, derrubadas por uma anomalia “liberdade de mercado”, desmantelando barreiras protecionistas e tontas bravatas do chefe de estado convidando a tomar posse dia 20, em recalcitrante arriscada do vacilante eleitorado estadunidense.

A insistência em acumular capital, não importam os meios, lança raios de dor, não apenas rumo aos países esfoliados: ásperas labaredas alcançam, a guisa de ilustração dos infernos, o território dos algozes fanfarrões, embora todo o planeta, ricos, pobres e emergentes, sofram e sofrerão com a marca de 1,6 graus centígrados de febre adicional.

Atingidos ao “sagrado” leem versículos para entender o horror das queimadas a devastar luxuosas mansões e matar habitantes em fuga; como se comprimisse em desenho de eterno tormento, na condição de condenados por pecados mortos na pilhagem da ambição, os EUA erdem nas “chamas” da Babilônia citadas em Mateus, Daniel, Marcos e Lucas.

Em escalada antilogímica, recordes reversos transcendem, em figura de analogia, os Jogos de Vida e Morte, escalando temperaturas, ao resultar em cinzas onde havia casas, rios virando chão rachado; nevascas atingindo desertos: chuvas grossas repentinas enchendo lares e ruas de ratos, cobras, dor e agonia.

Cada um dos seres dotados de consciência é um grão de areia desta ampurha cotidiana a extinguir as “biochances” enquanto impunes proprietários de chaminés e poluentes diversos extrapolam, mesmo sabendo-se serem eles ampliar males dos gases “estufa”, como dióxido de carbono, asfixiando vítimas na Califórnia e submergindo ilhas polinésias devido ao aquecimento.

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