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EDITORIAL

Memória aviltada

Quarto ataque ao monumento a Jorge Amado e Zélia Gattai sinaliza necessidade de educação patrimonial

Por Da Redação

26/11/2023 - 5:00 h
Leia o editorial deste domingo
Leia o editorial deste domingo -

O quarto ataque ao monumento a Jorge Amado e Zélia Gattai, representando o casal de escritores junto ao cãozinho Fadul, em um banco de praça, sinaliza o quanto é urgente pensar meios de produzir educação patrimonial em Salvador.

A reverência a quem tanto amou e defendeu a Bahia, nas narrativas relacionadas ao jeito de ser tão especial e peculiar dos conterrâneos, parece não agradar sujeitos apartados das nossas preciosas manifestações culturais.

Habitantes de um breu absoluto, por sua própria deliberação, os promotores das ações de violência contra a memória da quadricentenária primeira capital atingem a estima e a identidade construída com ardor, coragem e obstinação.

Como revelou A TARDE, chega a 160 o número de esculturas, painéis, estátuas, bustos, efígies, fontes e oratórios, inviabilizando, pela quantidade, o êxito pleno das rondas, embora não se dispense maior empenho das polícias.

Além de revelarem os algozes, suposto vácuo da sensação de pertencimento à comunidade, o cenário indicia a deficiência desta minúscula parte – minúscula em todos os sentidos – de um povo orgulhoso de suas heroínas e heróis.

Pode ser preocupante o fato de estes mesmos agressores passarem por cidadãos como quaisquer outros, após cometerem delitos, aproveitando-se do esconderijo da invisibilidade, à maneira dos covardes desprovidos de moral.

A escola teria sido o melhor local para se aprender a admirar e defender as práticas virtuosas, mas quem sabe as novas tecnologias possam ajudar, como anuncia a prefeitura, por meio da Fundação Gregório de Mattos.

A instalação de placas dotadas de mecanismos chamados de “QR Code” pode conduzir ao pleno conhecimento, ao direcionarem as pessoas os aparelhos celulares para a mancha gráfica capaz de informar dados históricos confiáveis.

Outro projeto para vencer a tacanhez consiste em rodas de conversas nos locais onde ficam as celebridades, com o objetivo de estancar as agressões, até mesmo a ialorixás imortalizadas, exemplos de Gilda e Stella de Oxóssi.

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