EDITORIAL
Mobilização nacional
Confira o Editorial do Jornal A TARDE desta sexta-feira
Por Editorial

A sensação de complementariedade salta quando se percebe a necessidade da cidadania em compasso com o acolhimento responsável dos poderes públicos, a exemplo deste Dia Mundial de Combate à Aids, na aurora de hoje.
A efeméride alusiva à síndrome de imunodeficiência adquirida, capaz de colher flores como Cazuza, Renato Russo e Freddie Mercury, quando não havia remédio, une-se ao Dezembro Vermelho, campanha de coloração mensal.
Ampliada do vírus HIV, a mobilização de perfil nacional emite alerta para outras infecções transmitidas por via da prática íntima descuidada, sinalizando revolução sexual sem carregar a 100% no Brasil, portanto inconclusa até hoje.
Antes proibitiva a cópula para mulheres antes do casamento – tabu da virgindade – e perseguido explicitamente o amor entre pessoas do mesmo sexo biológico, as conquistas éticas resultaram em combinações as mais livres.
No entanto, todas estas grandes vitórias corpóreas vieram desacompanhadas da luz da razão e da responsabilidade para evitar concepção indesejada e o contágio, rejeitando-se a camisa de vênus, sob alegações falaciosas e tolas.
Na Bahia, a Secretaria estadual de Saúde (Sesab) vai promover a campanha “Sextou na Vigilância”, a fim de tentar reduzir o efeito do paradoxo deste déficit de atenção para a segurança dos encaixes.
Como a mentalidade média estacionou em possível bestialidade, expressa na realidade objetiva dos paredões, representada na narração de verdade ou consequência – “é chicotada e tchau” –, é preciso investir no enfrentamento da doença evitável.
Além da oferta de testagem grátis, no Farol da Barra, incluindo sífilis e hepatites B e C, os servidores vão encaminhar quem for diagnosticado para tratamento com brevidade nas unidades da rede municipal.
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