EDITORIAL
Novo perigo alado
Confira o Editorial do Jornal A TARDE
Por Editorial
Uma nova doença, provisoriamente chamada “febre Oropouche”, levou a óbito duas mulheres de menos de 30 anos, justificando alarme para reforçar a necessidade de prevenção, com o esvaziamento de recipientes de água a fim de evitar o contágio.
Mais um inimigo da saúde pública apresenta sintomas parecidos com quadros graves de dengue, sinalizando o quanto o desequilíbrio ambiental pode gerar enfermidades.
A doença já tem nome científico da causa, o vírus Orthobunyavirus oropoucheense, transmitido principalmente pelo inseto alado conhecido por mosquito-pólvora, cuja infestação gera dores na cabeça, nos músculos e nas articulações, náuseas e diarreia, podendo levar à morte.
Para aumentar a preocupação dos médicos infectologistas, as vítimas não apresentavam comorbidades, como a jovem moradora de 24 anos do município de Valença, no Baixo Sul, tendo comprovada a causa mortis pela Secretaria Estadual de Saúde da Bahia.
Depois de o óbito inaugural ocorrer no dia 27 de março, uma segunda morte, registrada na mesma região, levou à cova uma paciente de 21 anos, em 10 de maio no município de Camamu, mobilizando todos os recursos para conter a expansão do mal.
As pacientes apresentaram um início abrupto de dor de cabeça, evoluindo rapidamente para sintomas graves, incluindo incômodo abdominal intenso, sangramento e baixa pressão arterial, deixando poucas chances de terapêutica diante do quadro agressivo.
Não deixa de ser assustador o fato de não se encontrar qualquer relato na literatura científica mundial sobre tal quadro desafiador, tendo como agravante a ocorrência inédita em território baiano, demandando maior cuidado diante do cenário sombrio.
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