OPINIÃO
O biltre da criptofraude
Confira o Editorial do Jornal A TARDE
Por Editorial

O perfil típico do “extremista de direita” produz expectativa de envolvimento em crimes, como é o caso dos indiciados pela Polícia Federal no Brasil, acrescido agora pelo do presidente da Argentina, Javier Milei, ao promover criptomoeda derrubada após suspeitos incentivos.
A “moeda digital” seguiria mecânica similar a do dinheiro em espécie, servindo para transações de compra e venda de produtos e serviços em ambiente virtual, mas no episódio protagonizado pelo mandatário albiceleste há indícios de fraude e de organização criminosa.
A tendência de colocar-se acima dos interesses da coletividade, sinalizada com iniciativas extravagantes, como as de excluir o país de organizações internacionais, como a Mundial de Saúde, não permite surpresa em relação ao comportamento compatível a de um notório biltre.
A facticidade da malícia teve efeito nas contas de 40 mil pessoas, produzindo perdas de R$ 23 bilhões. O auge da desfaçatez veio com a mensagem fixada no perfil do acusado, divulgando o projeto “Vila La Libertad”.
Ao contrário do anunciado, a unidade de valor $Libra não têm correspondência com a moeda “normal”, no entanto, multidões foram ludibriadas por acreditarem na conversa “mole”, como se diz no senso comum. Cinco horas de investimentos depois, o colapso foi total e irreversível.
O representante ultraliberal persuadiu os milhares de crédulos ao manter por cinco horas em sua conta de internet a mensagem de “estímulo ao crescimento da economia, financiando negócios e empreendimentos”, desdobrando, ao contrário, prejuízos e série de falências.
A grei investigada pode incluir, além do autor em evidência, o responsável pela plataforma X, por falta de monitoramento de conteúdos, além de incluir outros beneficiários associados à conta @JMilei, deixando como rastro os tuítes rapidamente apagados após a indignação geral.
Por um viés luminar, cabe a plena percepção da falta de limites de um cidadão quando desserve a seu país, ao desonrar a democracia, desrespeitando seu próprio povo.
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