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25/10/2024 às 0:00 | Autor: Editorial

EDITORIAL

O chip de Narciso

Confira o Editorial do Jornal A TARDE

Imagem ilustrativa da imagem O chip de Narciso
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Ao proibir a Anvisa o negócio dos hormônios implantáveis com o objetivo de alteração em aspectos corpóreos, está guiando com moderação e prudência a política sanitária do Brasil, soando como sirene de alerta de riscos à saúde pública.

Conhecido como “chip da beleza”, o produto ainda não foi testado suficientemente, em total descompasso com um comportamento compulsivo de frações significativas de empolgados clientes.

O uso indiscriminado e sem acompanhamento adequado das fórmulas, voltadas para aproximar o corpo a um padrão tido como mais atraente ou saudável, é algo a ser repelido, pela total insalubridade.

A mente capturada pelos ímpetos perde a razão e não consegue formar entendimento, entregando-se nas padiolas sem fazer juízo da sombra da finitude na silhueta de “cirurgiões” ou “esteticistas”, nos quais se depositam confiança e muitos reais.

O contexto de perigo provocado pela submissão a falsos saberes escapa ao alcance da inteligência humana, quando superada pela ilusão de tornar-se apetecível, substituindo, colorindo e reinventando-se, sem verificar melhor possíveis defeitos.

Este momento da humanidade, na qual o domínio da natureza e das tecnologias amplia a pontuação máxima no topo da cadeia alimentar, no entanto, pode trazer consequências como ocorreu com Narciso ao apaixonar-se por si próprio.

Antes de oferecer-se ao sacrifício, paradoxalmente em busca de prazeres, vale a pena viabilizar um admirável futuro de muita alegria, basta solicitar prescrição e orientação médicas para os próximos procedimentos.

A possível “atuação” de uma antiga fantasia, a de poder ser como se quer, remete às primeiras fases da infância, devido a precariedade no contato com o princípio de realidade, chegando os adeptos da metamorfose a mudar de peso, formato e cor.

As misturas de testosterona, gestrinona e oxandrolona não podem ser implantadas a esmo, na base da sorte – ou azar –, ao contrário, faz-se necessária a consulta, embora se saiba, por outro lado, a difícil conquista do atendimento.

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