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EDITORIAL

O conserto de um país

Exposição de obras no Palácio do Planalto vai marcar a volta de Lula

Por Da Redação

07/01/2023 - 6:00 h | Atualizada em 07/01/2023 - 16:11
Tela “Orixás” foi encontrada com um furo possivelmente feito a caneta,
Tela “Orixás” foi encontrada com um furo possivelmente feito a caneta, -

Uma exposição de obras de arte e peças recuperadas do acervo do Palácio do Planalto vai marcar a volta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao local onde habitou nas suas duas gestões anteriores como candidato eleito pelo voto direto e secreto.

A abertura de parte da residência oficial ao público, ainda neste mês de janeiro, teria o poder simbólico de festejar a retomada do país por seu povo, representada pelos consertos necessários, dado o estado precário das instalações.

A recomposição do local, tido como emblema da democracia, foi anunciada pela primeira-dama, a socióloga conhecida por “Janja”, ao convidar uma jornalista para mostrar a situação na qual foi encontrada a casa, incluindo fechaduras e trancas destruídas.

Agora, como é de se esperar do relacionamento entre poderes e a imprensa, todos os veículos poderão verificar, numa mesma oportunidade, em tempo e espaço, aspectos do abandono das rotinas de manutenção do primeiro prédio do Distrito Federal, projetado por Oscar Niemeyer.

O fato de tratar-se de um bem tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) pede apurar os desfalques na coletânea palaciana, pois a legislação a inclui sob proteção plena.

Tapetes rasgados, infiltrações no teto, janelas quebradas, sofás danificados e paredes nuas, onde estavam pendurados quadros valiosos, poderiam dar margem a interpretação de como o obscurantismo se refletia no habitat do ex-chefe de Estado.

Nem o espaço reservado para reuniões teria escapado do “negacionismo arquitetônico”, como seria definido o descuido, a começar pelo assoalho de tábuas soltas e estragos causados por excessiva exposição ao sol, reveladores do desleixo.

A tela “Orixás”, assinada por Djanira da Motta e Silva (1914-1979), foi encontrada com um furo possivelmente feito a caneta, mas o pé de mandacaru, árvore do bioma Caatinga, no Nordeste, teria sido erradicado, exigindo replantio de similar, em mesma semeadura esperada para fazer a cidadania rebrotar em seus melhores valores.

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