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EDITORIAL

O Leão da concórdia

Confira o editorial do Jornal A TARDE deste sábado

Por Editorial

10/05/2025 - 5:05 h
Prevost foi escolhido por pelo menos 89 dos 133 cardeais
Prevost foi escolhido por pelo menos 89 dos 133 cardeais -

O meio termo, nem uma extrema nem outra, tem sido consagrado ao longo da história da humanidade, como a morada da virtude, também chamada de equilíbrio, atributo indispensável a lideranças confiáveis e determinadas.

Esta terá de ser a qualidade primordial do Papa Leão XIV, ao vestir a batina equivalente a “camisa 10” de Francisco, megacraque dos pontífices, ao rebrilhar 12 anos em busca da paz e do combate às desigualdades, esbanjando bom humor típico dos inteligentes.

Não poderia ser mais auspicioso o discurso de estreia, quando o varandão abriu-se e o oceano de católicos e fiéis de outros credos exultou ao enxergarem-se no eleito.

Estadunidense de nascimento, vindo ao mundo em Chicago; peruano de coração, partilhando com os humildes, momentos de intensa vida missionária, Leão XIV sugere o perfil temperado de superpotência com vocação cristã.

A dose sob medida de sua fala, mansa e decidida, permite prever um engajamento sem exageros, no rumo da conciliação, mantendo o tesouro divinal legado por seu amigo argentino, ambos dotados de olhar social para causas urgentes.

Não bastasse o poder de persuadir com simplicidade e argumentação pautada em senso de justiça, Leão XIV será o primeiro papa da ordem agostiniana, relativa a um dos mais iluminados pensadores da Igreja romana.

Ao publicar suas Confissões, no século IV, Santo Agostinho propôs o conceito de tempo como o entendemos até hoje, correspondendo a sua proposta de passado, presente e futuro, a partir de cada “agora” nos instantes percebidos.

A inclinação para a vida comunitária e o enfrentamento das mazelas estão fortemente presentes na formação do novo papa, pois nesta perspectiva, se o mundo é criado por Deus ex nihilo (do nada), não poderia ter Ele gerado o mal.

Pode-se, assim, compreender as guerras e as perseguições a migrantes como privação provisória do bem, produzindo coerência à tranquilidade transmitida ao aceitar o cargo, com a certeza da vitória final da concórdia e do amor.

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