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13/10/2024 às 6:00 | Autor: Da Redação

OPINIÃO

O peso da normatividade

Dia Nacional de Prevenção da Obesidade liga alerta para problema de saúde pública

Imagem ilustrativa da imagem O peso da normatividade
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Nove de cada dez baianos desenvolveram obesidade, elevando os “boas-bocas” ao topo do pódio nacional da desproporção entre a ingestão de alimentos e as necessidades do organismo, acendendo o sinal de alerta para a importância de uma educação nutricional.

Os relatos dos enfermos convergem no sentido do avanço do peso à proporção do descuido com dietas ditas “saudáveis” e práticas de exercícios físicos, igualmente canonizadas como atividades respaldadas por filiados à mecânica de mercado.

A redução da capacidade de movimentar-se sem incômodo, dado o acúmulo das gorduras, acompanha dificuldades, como a do desempenho íntimo satisfatório, posterior a tentativas cada vez mais raras de atrair companhias para fruir a arte da troca sexual.

Solução emergencial, para quem não tem paciência de andar em esteiras de academias e comer aspargos e linhaças, tornou-se divulgada pelo ídolo autêntico Diego Armando Maradona, a cirurgia bariátrica, no Brasil, privilégio da elite “obesa” de saldo bancário.

No Dia Nacional de Prevenção da Obesidade (11 de outubro), o assunto veio à baila, em razão de ter se transformado em problema de saúde pública, pois não é suficiente voltar a tirar o país do mapa da fome quando não se tem disciplina para seguir equilibrando os pratos à mesa.

O contexto justifica preocupação de gestores responsáveis, porque sabe-se dos desdobramentos do sobrepeso, um dos fatores para o desenvolvimento do diabetes tipo 2 e outras morbidades, além de problemas mentais por restrição de convívio pleno.

Os questionamentos em relação ao conceito de beleza ficam prejudicados, dada a dificuldade de considerar adequada ou não ao padrão estético, a quantidade de quilos denunciados pelas balanças, não raro Eros flechar uma pessoa mais rechonchuda.

No entanto, o saber científico sacramenta a relevância de se buscar adequação ao formato corpóreo tido como “aceitável”, embora os “anormais” resultantes da fuga à imposição da sociedade doente não devam sentir-se envergonhados por seus excedentes.

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