EDITORIAL
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Confira o Editorial do Jornal A TARDE desta terça-feira, 28
Por Editorial

A alarmante escalada de ocorrências relacionadas a alterações climáticas vem apressando a necessidade de o mundo buscar, rapidamente, meios de reverter a situação na qual se enrascou a espécie ao abusar do planeta sem piedade.
O encontro anual das Nações Unidas, conhecido por COP28, previsto para esta semana em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, é a nova tentativa de reabilitar o meio ambiente rudemente danificado pela poluição das indústrias.
Ao extrair riquezas em desenfreada desmesura, os empreendimentos dos diversos setores construíram um modelo econômico desatado de mecanismos de sustentação, gerando a angústia geral pela queima de combustíveis fósseis.
Os conceitos consolidados nos dois séculos de cicatrizes, devido à implantação ilimitada de fábricas, são impossíveis de remover em velocidade emergencial, mas os líderes mundiais poderão, agora, repensar melhor, juntos, as soluções.
Entre as questões decisivas, desponta a do financiamento para compensar os países vulneráveis e empobrecidos por conta da exploração de seu solo, subsolo, ares, mares e rios por empresas sediadas na Europa e nos Estados Unidos.
Porém, migrar os compromissos de redução das emissões poluentes para uma prática capaz de produzir bons resultados torna-se o maior desafio, pois os discursos separam-se como abismos de uma efetiva saída redutora de danos.
Entre os itens comprobatórios do distanciamento galáctico entre o combinado pelas nações unidas nas reuniões anteriores e a execução das ideias perfeitas, está o da eliminação progressiva da combustão dos derivados de petróleo.
Como alertou o renomado professor Paulo Artaxo, da USP, ao conceder entrevista exclusiva, na edição de ontem de A TARDE, os recordes de temperatura subsidiam a hipótese de “reação da natureza” em ritmo além do mal delineado.
Em ilustração de metáfora, é como se ficasse acertado pisar logo no freio a fim de estancar o derrame, mas continuassem os governos dos favorecidos a manter o pé no outro pedal, em aceleração incessante para o final dos tempos.
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