EDITORIAL
Prevenir ou remediar
Confira o Editorial do Jornal A TARDE
Por Editorial
O alcance dos três dígitos, com 786 farmácias funcionando de forma irregular, por falta de registro no Conselho Regional ou por não contar com profissional farmacêutico, implica necessariamente admitir duas consequências excludentes entre si: ou não há fiscalização, ou se há, é preciso verificar como se permite assistir a criação do problema grave de saúde pública.
O número expressivo de piratas, mercando livremente, é amparado na escolha rebelde de seus proprietários, possivelmente imunes ao medo de uma multa ou auto de infração, por falta de especialista em farmácia, lacuna possível de resultar em erro no uso do remédio.
O contingente fora da caixa da legislação representa 8% das 9.607 CNPJs do setor em toda a Bahia, mas mesmo uma única e escassa drogaria já seria demasiado pois a orientação segura do servidor academizado não pode ser substituída à altura por curiosos e práticos sem habilitação.
No entanto, é possível entender o investimento, visando uma contabilidade azul para a firma, ao calcularem-se os efeitos de benefício e custo legatários da mecânica de mercado, acrescentando consequências funestas da administração de empresa autocentrada na fantasia de prosperidade.
Embora não garanta nem idoneidade nem competência, a certidão de regularidade técnica e o alvará sanitário, expostos em local visível, ao menos servem para passar uma sensação de cumprimento dos deveres, indicando cuidados plenos na compreensão da burocracia dos ofícios.
O estabelecimento, cuja missão é a de melhorar as condições dos cidadãos adoecidos, por meio da venda de drogas e substâncias medicamentosas, não pode furtar-se à obrigação de seguir procedimentos legais e morais, mas a quantidade de foras da lei representa um desvio excedente.
Os gestores das lojas devem pugnar pelo correto manejo dos produtos, incluindo a manutenção em temperatura adequada, além da atenção com receitas falsificadas e venda de itens com data de validade vencida, pois pode até levar a óbito ministrar uma dose a mais.
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