OPINIÃO
Reforço na vigilância
Confira o Editorial do Jornal A TARDE
Por Editorial
O caso único e escasso de um atentado não precisa ganhar proporção demasiada, cometendo o erro da desmesura quem tentar interpretar além do alcance do fato, no entanto, a facilidade com a qual a ação se deu desdobra na emergência de arrumar a defesa.
A Polícia Federal trabalha com a hipótese principal de ser iniciativa solitária o plano resultante na explosão de duas bombas, uma das quais ceifara a vida do extremista, servindo seu tresloucado engenho para abrir os olhos de quem depende da competência dos homens da segurança na Praça dos Três Poderes.
Local emblemático, por servir de “condomínio cívico”, ao sediar os prédios das instituições mais preciosas para a democracia brasileira, a área deve despertar total atenção dos gestores, basta lembrar a intentona golpista de Oito de Janeiro de 2023 e os ataques dos celerados.
Embora possa ter sido tramado e executado por apenas um dos tantos fanáticos ainda à solta, o rompante indica, segundo palavras do diretor-geral da PF, Andrei Passos Rodrigues, “a conexão do fato com várias outras ações”, restando concluir o quanto estão espertos os grupos adeptos de tiro e bomba.
A resposta à ofensiva, felizmente malograda, precisa ser compatível com o potencial de perigo aos quais estão expostos servidores e autoridades do Judiciário, do Legislativo e do Executivo, em contrapelo à desfaçatez de quem nega influência no episódio, embora ostente o cetro mau de “mito” dos insanos.
Difícil justificar tantas forças armadas, da União e do Distrito Federal, dotadas de equipamentos de última geração e equipes bem remuneradas permitindo a um invasor adentrar livre de marcação a grande área cívica, sem inspirar abordagem, embora suspeitíssimo, carregando artefatos.
Testemunha do enredo, uma servidora, aguardando no ponto de ônibus, viu quando o invasor lhe fez sinal de “joinha”, polegar direito em destaque, em situação de achincalhe, revelando a urgência de uma conversa com os homens de distintivo para evitar reincidir no erro, pois nem sempre a sorte vai ajudar.
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