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OPINIÃO

Samuel Celestino: A agonia do Bahia

Por Samuel Celestino

21/05/2013 - 13:44 h | Atualizada em 21/05/2013 - 13:54

Político menor, incompetente, fracassado, parlamentar derrotado - ocupa uma suplência na Câmara Federal da qual deve ser afastado nos próximos dias com o retorno do titular - dele não se tem noticia da apresentação de um projeto sequer. Marcelo Feliciano, ou Marcelo Guimarães Júnior, ou Filho, como ele quiser em ambos os casos, insiste, na sua pequenez, em continuar presidindo, solitário e isolado, o E.C.Bahia.

A história gloriosa do clube começou a ser sepultada antes da dinastia da sua família. Com ele, porém, ameaça chegar ao fim. Sem horizontes próprios, anuncia que não deixa o clube. Para justificar o fantástico movimento que o sufoca, e exige a sua saída, muda do esporte para alegar que se trata de "uma briga política".

Briga política com quem? Com ele? Ou com o PMDB que deveria tê-lo desfiliado de há muito? Que importância política tem o ditador do clube? Geddel Vieira Lima, que nada tem a ver com Marcelo e dele prefere guardar distância, como diz, sabe perfeitamente o mal que ele comete ao Bahia e também atinge o PMDB, que passou a ser um partido que perdeu qualquer vínculo com a imensa torcida do Bahia.

O movimento "Bahia da Torcida", lançado na Arena da Fonte Nova, não tem dono como pretende o cartola torto. Daí desviar o foco dos acontecimentos para a política, de modo a encontrar uma explicação que ele não consegue enxergar, até porque é difícil a quem não dispõe da sensatez para saber a exata hora de abandonar o barco que afunda.

Não tem outra explicação. Suponho, apenas suponho, que o cartola é um homem que está em prisão domiciliar por não ter condições de frequentar as ruas da cidade.
Nesse caso, mesmo que necessite de proteção, de pouco valem os seguranças que o acompanham. São eles, na verdade, alguns dos poucos interlocutores que tem.

Outros são os cartolas que sobrevivem à custa do Bahia, como é o caso do presidente do Conselho Deliberativo, Ruy Accioly que, pelo que consta, nada faz. É apenas amigo da família do cartola e sabe-se que é bem remunerado. Lamenta-se que tal Conselho, onde pontuam alguns conselheiros dignos, não tenha renunciado aos postos, deixando o presidente a lamber sabão.

O movimento que ainda dá forças ao Bahia, liderado pelo publicitário Sidônio Palmeira, Fernando Schmidt e outros homens sérios, como estão distantes em dignidade do presidente tricolor, recebeu dele diatribes que não merecem citá-las por ausência de valor na origem.

Usar a política como defesa é tão absurdo quanto primário. Denota falta de argumentos. Poupou ACM Neto e, aí, ele agiu na esperança de apoios futuros a partir do PMDB, que também está, como já citado, baleado com o ricocheteio que acabou alvejando também a legenda.

Fez, no entanto, críticas de igual modo primárias ao governador Jaques Wagner e aos petistas de maneira geral, ao dizer, como relata o site "Bahia Noticias". "Eles deveriam dar explicações sobre os mensaleiros do PT, condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Eu não vi eles pedirem a saída dessas pessoas, pelo contrário, vi defendendo. Eu não pedi intervenção do governo (da Bahia) quando da greve da PM e quando os alunos ficaram sem aulas com a greve dos professores. (...) Nelson Pelegrino precisa explicar as mortes na Secretaria de Saúde, que até hoje não tiveram explicações. (...) Lídice da Mata, que é conhecida com a 'Prefeita dos Ratos (...)" "(...) Tudo isso (o movimento) eu vejo como um proselitismo político. Não se deve misturar política com futebol", afirmou.

Curioso é Marcelo falar de mensaleiros... Primeiro, ele não tem a menor autoridade para pedir intervenção em nada, como greves, e, de resto, a sua resposta demonstra o baixo nível que adorna a sua cabeça minúscula. O governador rebateu: "Não há melhor julgador do que aqueles que fazem o sucesso do time, que é a torcida, que enche estádios (...) Então, não tem nada a ver com política. Eu poderia simplesmente dizer que não me meteria, mas eu não estou me metendo como torcedor do Bahia, mas como torcedor do futebol baiano. É claro e nítido que a diretoria do Vitória é uma diretoria muito mais consistente, com muito mais permeabilidade de opiniões do que a diretoria atual do Bahia."

A diferença entre o lixo e a elegância é abissal. É pena que o clube de futebol de maior torcida na Bahia atravesse uma fase marcada pela incompetência, justo quando a cidade ganha um estádio como a Arena da Fonte Nova. De certo modo, embora torcedor, acompanho a trajetória do Bahia sem ir ao estádio. Prefiro resguardar as minhas emoções e assistir aos jogos pela televisão.

Mas, como jornalista, tenho informações sobre a situação financeira que o clube atravessa. Trata-se de um período crítico, com a antecipação de quotas publicitárias, e gastos efetuados pela diretoria de que ninguém tem conhecimento, a exemplo de quanto ganha o presidente do clube e o presidente do Conselho Deliberativo. Não creio que Marcelo tenha a humildade e a altivez de entregar o cargo. Prefere chegar ao fim. Dele, na sua teimosia, e do antes glorioso Esporte Clube Bahia.

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