EDITORIAL
Somos o planeta
Confira o editorial de A TARDE desta terça-feira
Por Editorial
Hoje é Dia Nacional da Educação Ambiental, instituído como mais uma tática de motivação da cidadania com o objetivo de obter conhecimento suficiente e necessário para desenvolver uma consciência ecológica.
A iniciativa corresponde à memória da realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente, realizada no Rio de Janeiro: a lei foi promulgada em 2012, exatas duas décadas após o encontro internacional.
O tema do dia aumenta a importância de se debater os métodos de combate aos desequilíbrios, no momento de grave ameaça à legislação ambiental, devido à proposta de suspensão de licenciamento e estudos de impacto.
A desativação destas duas conquistas inequívocas do Brasil que se preocupa com seu futuro e o futuro do mundo pode ser interpretada como um tropeço de consequências imprevisíveis, se aprovado o PL no Senado. A probabilidade de retrocesso implica refletir.
Os currículos, ementas e planos de curso, do ensino fundamental ao superior, representam oportunidade de tentar imunizar as novas gerações diante de absurdos como o de desarticular a contenção dos excessos.
Já o incentivo ao “consumo consciente” pode evitar as obsolescências programadas, quando o bem apresenta defeito ou torna-se imprestável em pouco tempo, ou incentivada, ao substituirmos um bem sem necessidade.
Enquanto os consumidores devem se autovigiar para não sabotarem a natureza, os trabalhadores em reciclagem seguem sua lida invisibilizada, de modo geral, catando latas, isopores, plásticos, em ação coletiva.
Nada disso roda, na construção da resistência ao apocalipse, se a pessoa não aprender a primeira lição: o homem – e a mulher, por óbvio – não está “no” planeta, pisando e morando na Terra, cada um de nós “é” a Terra.
Portanto, fazemos parte de um todo, a cada extração de um pedacinho de folha estamos arrancando uma fração de nós mesmos.
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