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OPINIÃO

Turismo: desemprego e retrocesso 

Por ARTIGO

23/04/2020 - 14:46 h
Turismo é responsável por 20% da mão de obra formal na Bahia
Turismo é responsável por 20% da mão de obra formal na Bahia -

Um dos setores com maior peso na economia mundial é certamente também o mais afetado com a epidemia do Covid-19. O turismo, que respondeu, em 2018, por 10,4% de toda atividade econômica do planeta, movimentando U$ 8,8 trilhões ao ano (dados do Conselho Mundial de Viagens e Turismo-WTTC e da Oxford Economics), atravessa seu pior momento, desde o fim da Segunda Guerra Mundial, há 75 anos. No Brasil, segundo o Ministério do Turismo, o setor emprega cerca de três milhões de pessoas, com faturamento, em 2019, de quase R$ 239 bilhões, isto é 8,1% de toda riqueza produzida no país (PIB).

Na Bahia, a situação não é diferente. Movimentando 52 segmentos da cadeia produtiva, o turismo é responsável por 20% da mão de obra formal no Estado. Em Salvador, o volume de empregos é ainda maior, superando os 25%. Números que refletem a situação extremamente difícil pela qual passa o setor neste momento, com perspectiva nada animadoras para os próximos oito meses. E quanto mais tempo durar a pandemia, infelizmente maior será o tempo necessário para sua recuperação, justamente no ano em que o setor apostava no início de sua redenção econômica, depois de seis anos de profunda crise.

Ao contrário de outros setores da economia que sofreram com reduções nas vendas ou na produção, o turismo parou literalmente. Segundo o mesmo WTTC, 75 milhões de empregos ligados ao turismo correm risco de desaparecer. A situação é tão grave que a ONU prevê um retrocesso de até 30% no turismo internacional após a pandemia.

Citando um dos segmentos mais produtivos do turismo, o de eventos e negócios, uma pesquisa elaborada pela Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape), entidade que representa produtores e promotores no Brasil, mostra que mais da metade dos eventos programados para 2020 foram cancelados ou adiados, o que resultará em número de demissões considerável.

Sem voos, sem pacotes de viagens ou roteiros turísticos, com hotéis fechados, o turismo entrou na UTI e precisa urgentemente de socorro, de políticas públicas que permitam a retenção dos empregos, de apoio às empresas e trabalhadores autônomos do setor, revisão e adiamento de impostos, criação de linhas de crédito para concessão de capital de giro, com condições subsidiadas, considerando que a maioria das empresas do turismo é formada por pequenos e médios empresários. Especificamente, urge medidas como a isenção do recolhimento dos impostos e contribuições para o Simples Nacional (ISS e ICMS), parcelamento de dívidas e isenção dos tributos de IPTU e TFF.

O turismo terá que se reinventar, se reestruturar. O mundo não será o mesmo após a pandemia do Covid-19. Novos protocolos de segurança deverão ser adotados e adaptados à nova realidade turística. Mas este é mais um processo que o empresariado saberá lidar com maestria, como sempre.

Roberto Duran

Presidente Salvador Destination

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