POLÍTICA
Acesso à espionagem está facilitado
Por Rita Conrado, do A Tarde
Enquanto a CPI do Grampo avalia dispositivos que assegurem a privacidade do cidadão, como o cumprimento da lei e o aumento da pena ao infrator, assim como o controle dos riscos a que estão expostos os milhões de brasileiros que usam telefones, a internet deixa o serviço de espionagem ao alcance do mouse.
“Há um grande aparato no mercado que permite a qualquer um saber o que falam e com quem falam seus filhos, mulher, parentes ou mesmo inimigos”, diz Pelegrino, que destaca a facilidade de se instalar um grampo, utilizando-se caixas externas de telefonia fixa, por exemplo. A Telemar, através da sua assessoria, negou-se a dar informações sobre o assunto, mas a Anatel e operadoras de telefonia móvel, segundo o deputado, estudam mudanças de procedimentos. “Afinal, são 124 milhões de celulares no País”, diz o relator.
Grampolândia – Utilizada fartamente no período da ditadura militar, a espionagem telefônica com fins políticos perdurou no regime democrático. Isso ficou comprovado com o escândalo que destacou negativamente a Bahia no cenário nacional, em 2003. A Secretaria de Segurança Pública era acusada de manter um esquema de espionagem a serviço do então senador Antônio Carlos Magalhães.
Geddel Vieira Lima (PMDB) e Nelson Pelegrino (PT), deputados na época, apareciam na lista de “grampeados”, que continha mais de uma centena de números telefônicos “investigados” com a autorização judicial, mas que tiveram seus fins desviados. “Uma juíza do interior do Estado autorizou a interceptação e outros números, como o do meu telefone, foram enxertados na lista”, lembra Pelegrino.
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