DESABAFO
Em carta aberta, Geraldo Júnior rebate ataques de Bruno Reis
Presidente da Câmara afirmou "não querer mais a Bahia do atraso e Salvador dos altos tributos"
Por Da Redação
Em carta aberta, o presidente da Câmara Municipal de Salvador, Geraldo Júnior (MDB), rebateu as falas do atual prefeito da capital baiana, Bruno Reis (União Brasil), que criticou em coletiva nesta quarta-feira, 10, a derrubada do veto dos agentes de combate de endemias e dos agentes comunitários de saúde (leia a carta na íntegra abaixo).
Segundo o gestor soteropolitano, a decisão adotada pelo Legislativo apenas serviu para "atrapalhar a vida das pessoas" e que a mesma poderia ser judicializada. O aumento proposto pela Câmara de Vereadores foi de 240% e a prefeitura negociava um reajuste de 72% antes do veto ser derrubado.
Nas palavras do parlamentar, o atual prefeito de Salvador "para justificar os erros de sua gestão, fica a inverter fatos". Geraldo ainda lembrou a Bruno Reis que, pela constituição, a independência entre os poderes precisa ser respeitada para que a Democracia funcione na sua plenitude.
"Não cabe ao executivo se imiscuir em nossa Casa e dizer como ela deve funcionar, nem como os vereadores devem votar as matérias. Para isso, existe o regimento interno que serve paea nortear o funcionamento da Câmara. A contrário sensu, o prefeito insiste em me acusar e indiretamente os vereadores todas as vezes que o resultado não o agrade", afirmou Geraldo.
O presidente da Câmara ainda lembrou que possuía uma boa relação com o antecessor do Palácio Tomé de Souza e fez questão de lembrar uma fala do atual postulante ao Palácio de Ondina que, certa feita, teria dito a ele que “Bruno Reis precisaria da mesma experiência e competência à frente da Câmara para ajudá-lo na sua gestão".
"Continuo como presidente da Câmara e a mudança que houve foi Bruno no lugar de ACM Neto. Daí dá para deduzir que o responsável pelas crises existentes entre os poderes é de responsabilidade do atual Prefeito e não minha ou daquele Poder que prefere estar sempre ao lado do povo e cumprir suas atribuições constitucionais, qual sejam a de legislar e fiscalizar os atos do Poder Executivo. Não posso ser culpado pela saraivada de crises de sua gestão, a destacar a convocação legítima do seu secretário de saúde que foi convocado, legitimamente pelos vereadores, para dá explicações sobre contratos da secretaria beneficiarem empresas terceirizadas", completou o presidente da Câmara.
Geraldo seguiu dizendo que o que mais teria chamado a atenção seria "a reação do prefeito que acusou os vereadores de manipulação e politicagem, proibindo o secretário de comparecer" e questionou se não seria mais fácil ele comparecer e demonstrar que não existe nenhuma irregularidade nos contratos denunciados.
Quanto ao veto no reajuste aos agentes de saúde, por parte do prefeito, Geraldo reforçou que o projeto havia sido aprovado em votação pelos vereadores, conseguindo o quórum exigido e sem nenhum protesto da bancada governista.
"O prefeito tenta, para desviar a atenção de mais uma derrota da sua fraca atuação de seus líderes na casa, nos acusar de não seguir o regimento para votação, quando está tudo gravado em áudio e imagem. De sorte, que não há argumentos contra aquela casa legislativa que respeitamos e defendemos", concluiu.
Leia a carta aberta na íntegra:
Quando penso que pela longa experiência que tenho na política nada mais seria capaz de me surpreender, eis que sou surpreendido com a fala do prefeito Bruno Reis que, para justificar erros de sua gestão, fica a inverter fatos.
O prefeito iniciou a coletiva atacando a Câmara e os vereadores. Na condição de vítima desses ataques e como Presidente da Câmara não posso deixar de me manifestar para restabelecer a verdade a sociedade e desconstruir essas versões falaciosas.
Assim, gostaria de lembrar ao prefeito que devido a sua origem no legislativo e sua formação em Direito, além da convivência diária com seu irmão que é um dos mais bem relacionados advogados da Bahia e seu conselheiro, Dr Michel Reis, impede que ele passe por desinformado de como funciona uma casa legislativa.
Não posso conceber que desconheça a Constituição, com o fito de criar inverdades para encobrir sua falta de trato na gestão administrativa de Salvador.
O prefeito foi deputado estadual e nunca e sempre me lembro, quando o Deputado Marcelo Nilo ,então presidente da Assembleia, o chamou de “ Invertebrado”.
O Prefeito Bruno Reis deve saber muito bem que pela constituição deve ser respeitada a independência entre os poderes para que a Democracia funcione na sua plenitude.
Não cabe ao executivo se imiscuir em nossa Casa e dizer como ela deve funcionar, nem como os vereadores devem votar as matérias.
Para isso, existe o regimento interno que serve paea nortear o funcionamento da Câmara.
A contrário sensu, o prefeito insiste em me acusar e indiretamente os vereadores todas as vezes que o resultado não o agrade.
Por questão de Justiça devo registrar que o seu antecessor, o ex Prefeito ACM Neto do UB , reconhecia muito mais o nosso trabalho à frente do legislativo do que ele, a ponto de declarar que se entendia comigo pelo olhar e declarar seu voto para vereador em mim na eleição para vereador.
E ainda arrematou dizendo que, em suas palavras, “Bruno Reis precisaria da minha experiência e competência à frente da Câmara para ajudá-lo na sua gestão.
Continuo como presidente da Câmara e a mudança que houve foi Bruno no lugar de ACM Neto. Daí dá para deduzir que o responsável pelas crises existentes entre os poderes é de responsabilidade do atual Prefeito e não minha ou daquele Poder que prefere estar sempre ao lado do povo e cumprir suas atribuições constitucionais, qual sejam a de legislar e fiscalizar os atos do Poder Executivo.
Não posso ser culpado pela saraivada de crises de sua gestão, a destacar a convocação legítima do seu secretário de saúde que foi convocado, legitimamente pelos vereadores, para dá explicações sobre contratos da secretaria beneficiarem empresas terceirizadas
O que mais nos chamou a atenção foi a reação do prefeito que acusou os vereadores de manipulação e politicagem, proibindo o secretário de comparecer.
Não seria mais fácil ele comparecer e demonstrar que não existe nenhuma irregularidade nos contratos denunciados?
Lembro ainda que na minha reeleição quando obtive em votação nominal , com ata assinada pelos vereadores, com os votos necessários, o prefeito de se deixou levar pela emoção, e fez várias críticas infundadas aos vereadores de sua base, os mesmos que deram quórum e me elegeram.
Nesse episódio mais recente da derrubada do veto ao aumento dos agentes de saúde , o prefeito esquece que foram os vereadores que aprovaram o projeto por ele vetado, existindo para tanto um desejo de beneficiar os agentes de saúde, o que se concretizou com a votação vitoriosa no plenário da casa, conseguindo o quórum exigido e sem nenhum protesto da bancada governista.
O prefeito tenta, para desviar a atenção de mais uma derrota da sua fraca atuação de seus líderes na casa, nos acusar de não seguir o regimento para votação, quando está tudo gravado em áudio e imagem.
De sorte, que não há argumentos contra aquela casa legislativa que respeitamos e defendemos.
O que mais nos chama a atenção é que o prefeito que hoje nos acusa de politicagem, para obter benefícios políticos eleitoreiros, é o mesmo que se usa utiliza desses métodos para beneficiar seu chefe.
A nomeação do Presidente do PTB, numa instituição séria com a Arsal, em troca do apoio do partido para a eleição estadual, é escandalosa.
Seu chefe e por azar o presidente do PTB por conhecer o modus operandi do prefeito e de seu mentor, vinculou o anúncio do apoio à publicação no diário oficial.
Na sua fala, o prefeito ainda tem o desplante de de dizer como devem funcionar as Comissões e as votações na Câmara.
Nunca nos manifestamos no sentido de apontar como deve ser conduzido o seu governo.
A autonomia dos poderes de nossa parte sempre foi respeitada, nos reservando o direito de, nas votações, apresentar emendas que posam melhorar as matérias.
Quero deixar claro que a nossa Casa não está disposta a compactuar com equívocos e erros do executivo, sejam eles intencionais ou não.
O que o povo espera de nós é o direito de exercer o nosso mostre com tranquilidade e independência.
Encerro dizendo ao prefeito que me respeito e quero apenas respeito. Estarei vigilante e com a coragem de quem tem a verdade ao seu lado a repelir energicamente qualquer ataque a minha honra e dos colegas, mesmo que alegue que não conhece o significado da palavra honra e que também respeite a classe trabalhadora da nossa cidade já tão sofrida com desemprego e com a grande carga de impostos , taxas e multas ilegalmente majoradas por iniciativa do ex prefeito ACM Neto e por seu Vice Bruno Reis .
Aconselho também ao prefeito estude mais sobre a profissão de Agente de Saúde que ele descobrir a responsabilidade que eles têm ao exercer de proteger a nossa saúde , chegando inclusive em lugares que outros funcionários não tem acesso.
Continuarei, caso seja a vontade de Deus, sairmos vitoriosos no próximo 02 de outubro e, como Vice Governador, poder a defender um poder legislativo independente em todos os municípios baianos, pois só assim esqueceremos a Bahia do Coronelismo e do atraso.
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