ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA
Felipe Freitas defende trabalho de inteligência e investigação
O secretário da SJDH foi o segundo convidado do 2º episódio do Pod13, novo videocast do PT-BA
Por Da Redação
O secretário de Justiça e Direitos Humanos do Governo do Estado, Felipe Freitas, foi o segundo convidado do 2º episódio do Pod13, novo videocast do Partido dos Trabalhadores da Bahia, que foi exibido nesta quarta-feira, 13, no canal do Youtube da TVPT Bahia. Entrevistado pelo jornalista e ex-deputado federal, Emiliano José, Felipe defendeu o trabalho de inteligência e investigação a longo prazo como forma de fazer o enfrentamento à violência sem estimular a violência.
Para combater a violência na Bahia, o secretário citou os esforços do Governo do Estado. “Por um lado, fortes investimentos nos equipamentos e na estrutura da polícia, e quando me refiro à estrutura, não estou falando só de arma, de viatura, mas estou falando da diversidade de meios. É preciso que a polícia tenha vários meios para enfrentar a violência para não ter que recorrer apenas às armas”, disse Felipe, ao destacar o empenho da Secretaria de Justiça, em conjunto com a Secretaria de Segurança Pública e de Administração: “Fazer um giro da nossa intervenção cada vez mais para o campo da inteligência, da investigação do que esse tipo de confrontação pública”.
Prestes a completar um ano à frente da SJDH, Felipe falou que a desigualdade produz violência, além da atuação de facções. ”Qual o desafio? Uma ação policial que seja efetiva e consiga desarticular as facções criminosas, mas que ao fazê-la não agrave a violência nas comunidades. Ou seja, não deixe corpos pelo chão. Esse desafio é um desafio que está colocado na sociedade brasileira, de pensar o tipo de ação policial que seja mais efetiva e menos letal, e estou falando das pessoas que foram acusadas de ilícitos ou não. A boa ação policial é uma ação policial que não deixa corpos pelo chão”.
O secretário da SJDH disse ainda que cumpre “com muita determinação a possibilidade de realizar no governo tanto quanto seja possível para tornar efetivo aquilo que eu e minha geração tratamos como bandeira de luta política, que é o enfrentamento do tema da violência na sociedade” e reforçou que os direitos humanos não podem ser renunciados por serem constitutivos da humanidade.
“O papel dos direitos humanos é fundamental, e o que está em jogo? É um grande acordo das nações, dos povos sobre aqueles direitos, aquela dimensão da vida sobre a qual a gente não pode negociar. Então eu diria de uma forma muito simples que os direitos humanos é aquela parcela inegociável do direito que toda pessoa humana tem de ter acesso. Portanto, é disso que estamos falando, de todas mesmo, as maiorias e as minorias, aqueles que têm muito poder e aqueles que não têm poder nenhum na sociedade, aqueles que hegemonizam a cultura e aqueles que são marginalizados na cultura”, afirmou o secretário.
Para Felipe, nada mais atual do que falar sobre os direitos humanos em um contexto de avanço da luta capitalista e dos ataques aos direitos dos trabalhadores. “Acho que é bastante atual cumprir essa agenda, agenda como uma luta política, mas cumprir também como uma política pública, é o que a gente tenta fazer nos nossos governos, nos nossos mandatos parlamentares. A nossa luta política entende que essa bandeira é central, é decisiva para definir o que é democracia”.
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