NA BAHIA
Sílvio Almeida defende ação do G20 para tirar pessoas das ruas
Ministro dos Direitos Humanos integrou mesa em grupo de trabalho do G20 em Salvador
Por Lula Bonfim
O ministro Sílvio Almeida, dos Direitos Humanos e da Cidadania, veio a Salvador nesta terça-feira, 28, quando participou de uma das mesas do III Grupo de Trabalho sobre Desenvolvimento do G20 (Grupo das 20 Maiores Economias do Mundo), realizado no Centro de Convenções da capital baiana.
Durante sua fala, o ministro ressaltou que não há como falar de combate à fome — tema que o Brasil, como presidente do G20, propõe como prioritário — sem abordar a precariedade da vida das pessoas em situação de rua. Para ele, essas mazelas estão muitas vezes associadas e precisam ser combatidas de forma concomitante.
“Se o centro do debate do G20 vai ser a redução ou a eliminação da pobreza, da fome e da desigualdade, discutir a situação da população de rua me parece algo central, porque se trata do grupo social mais afetado por essas mazelas. Discutir a saída da rua para a população em situação de rua é discutir também as políticas públicas naquilo que elas têm de mais efetivas, que são aquelas capazes de atingir as pessoas mais vulneráveis”, declarou o ministro, em entrevista à imprensa local.
Almeida comemorou a realização do grupo de trabalho em Salvador. Segundo ele, é hora das principais economias do planeta se reunirem para compartilhar experiências e encontrar soluções para dar uma vida melhor às pessoas.
“Muito felizes de poder ter essa oportunidade, de uma cúpula que reúne as principais economias do mundo para a gente discutir os direitos humanos naquilo que eles têm de fundamental, que é justamente dar às pessoas a possibilidade de ter uma vida mais digna, de ser a sua melhor versão”, disse Sílvio Almeida.
Para ele, porém, não basta que o G20 discuta o assunto, mas que também assuma a responsabilidade por resolver o problema. Na avaliação do ministro, como Estados, os membros do G20 têm a responsabilidade de agir para solucionar as mazelas de homens e mulheres em todo o mundo.
“É muito importante o G20 assumir a discussão, mas assumir a discussão significa assumir a tarefa. Se tratam de Estados e, portanto, não fazem apenas elucubrações intelectuais, embora elas sejam muito importantes para que as ações sejam organizadas como planejamento e como políticas públicas”, concluiu Almeida.
O governador Jerônimo Rodrigues (PT) chegou a ser esperado para compor a mesa ao lado do ministro Sílvio Almeida, mas acabou não comparecendo devido a um outro compromisso. O petista foi a Brasília nesta terça, para participar de uma reunião com o governo federal que tratou do “Compromisso Nacional Criança Alfabetizada”.
Representando Jerônimo, compôs a mesa o secretário estadual Felipe Freitas, da pasta de Justiça e Direitos Humanos. O titular da SJDH citou as ações realizadas por sua gestão em favor da população em situação de rua. O gestor, porém, deixou o Grupo de Trabalho sem falar com a imprensa.
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