POLÍTICA
Bolsonaro diz que colocará 'um ponto final' em abuso de outro Poder
O chefe do Executivo não especificou se falava sobre o Supremo Tribunal Federal
Por Da Redação
O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que colocará um “ponto final” no “abuso” que existe em “outro Poder”, durante um comício em Divinópolis, em Minas Gerais. O chefe do Executivo não especificou se falava sobre o Supremo Tribunal Federal.
"Vocês sabem que vocês estão tendo cada dia mais a sua liberdade ameaçada por um outro Poder, que não é o Poder Executivo. Nós sabemos que devemos colocar um ponto final nesse abuso que existe por parte de outro Poder", disse.
Bolsonaro disse ainda, que em caso de reeleição, todos deverão jogar dentro das quatro linhas da Constituição e que nenhum Poder manda na República.
"O meu governo sempre jogou dentro das quatro linhas da Constituição. Em havendo a reeleição, todos, sem exceção, jogarão dentro das 4 linhas da Constituição. Ninguém é dono de nada aqui. Eu não mando da presidência da República, eu tenho limites. O prefeito não manda na cidade, tem limites. Assim é dentro de cada Poder. Ninguém manda na República, a não ser o nosso povo e a vontade desse povo se fará presente após as eleições em toda a sua plenitude", afirmou.
O chefe do Executivo já criticou duas decisões dadas pelo plenário do STF na semana passada. Na primeira vez, ele chamou de interferência por causa da suspensão do piso nacional da enfermagem.
"No meu entender é uma interferência, mais uma interferência do Supremo Tribunal Federal no dia a dia. Não tem nada a ver com finalidade essa questão. Mais uma vez o Supremo interfere prejudicando em torno de 2 milhões de profissionais de saúde", disse em live.
Ele criticou uma segunda vez por causa da decisão do ministro Edson Fachin de suspender trechos de decretos que facilitavam a compra e porte de armas. Na quinta-feira, 22, em entrevista ao apresentador Sikêra Jr., Bolsonaro disse que a Corte interfere demais e atrapalha as políticas do governo.
"Não tem relação. Tem dois ministros que eu indiquei pra lá, me dou muito bem com eles, não interfiro no voto deles, mas a maioria que está lá é radicalmente contra as ações do governo, interferem em tudo, até questão que não tem nada a ver com eles, eles interferem o tempo todo. A última agora foi a questão das armas. Isso é privativo, se tem um decreto que extrapolou depende do Congresso anular ou não aquele decreto. E não o STF. O STF pode até anular uma lei, revogar um dispositivo, mas decreto, algo que vai regulamentar, não. Interfere demais e atrapalha e muito o destino da nossa noção", afirmouu.
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