POLÍTICA
“Bolsonaro gostaria muito de caminhar com ACM Neto”, diz filho do presidente
Por David Mendes

O deputado federal paulista e filho do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), Eduardo Bolsonaro (PSL), afirmou nesta segunda-feira, 28, que o mandatário brasileiro até gostaria de caminhar na Bahia ao lado do presidente nacional do DEM, ACM Neto, mas a “arrogância, vaidade, que beiram a infantilidade”, não permitirá uma aliança com o demista no estado para disputar as eleições de 2022.
“Se tem uma coisa que Bolsonaro não é, é burro. ACM Neto tenta se fazer ali de, quando ele tenta se aproximar do presidente dá uma ensaboada e quando volta para Salvador dá as porradas dele. Tenta tirar o máximo proveito possível. Conseguiram investimentos para Salvador, porque o presidente não faz política com o estômago”, afirmou o parlamentar, durante entrevista à Brado, uma rádioweb que se autointitula “a primeira rádio conservadora do Brasil”.
De acordo com o filho 03 do presidente, Neto "não seguiu a linhagem do avô, o senador ACM" e o "presidente sabe com quem está lidando, quando o assunto é ACM Neto".
“Ele deixa o presidente sem escolha. O presidente gostaria muito de caminhar com ACM Neto, mas devido às suas declarações, seus posicionamentos e sua arrogância e vaidade, beirando às vezes a infantilidade, não tem como. Se o presidente tentar caminhar com ACM Neto, o próprio eleitor do presidente vai dar pancada nele”, avalia.
Eduardo Bolsonaro afirmou que trabalha para emplacar a candidatura de João Roma a governador da Bahia nas eleições do próximo ano e que a decisão dependeria só do ministro.
“Depende de João Roma, não depende de mim. Só faço o trabalho nos bastidores. Hoje em dia, ACM Neto, pelas características que apresentei aqui, não permite que João Roma caminhe mais com ele. Pode cortar o coração de quem conhece a história dos dois, mas, infelizmente, chegou ao ponto de, ou João Roma é o ministro de Bolsonaro, e ele já fez a escolha dele, ou ele é aliado de ACM Neto”, disse.
Eduardo Bolsonaro revelou ainda que consultou o ministro Onyx Lorenzoni para saber a ficha de João Roma quando seu nome foi ventilado para assumir o Ministério da Cidadania.
“Eu sabia que a extrema-imprensa iria reclamar porque um cara do Centrão iria entrar para o governo. Fui até Onyx e ele respondeu: ‘Guri, pode ficar tranquilo, o conheço há mais de 20 anos. Excelente nome'. Então o primeiro passo, perfeito. E vendo a ação dele no governo, não teria nome melhor para ser escolhido”, elogiou, ao deixar escapar que se uma candidatura aliada a Bolsonaro obter 10 ou 15% do eleitorado baiano "já seria de bom tamanho".
Última pesquisa divulgada pela Paraná Pesquisa sobre a sucessão do governador Rui Costa (PT), quando aliado a um possível candidato à presidência da República, João Roma (Republicanos) como candidato de Bolsonaro apareceu com 15% das intenções de votos. ACM Neto com o presidenciável Ciro Gomes (PDT) marcou 38%; e Jaques Wagner (PT), com Lula (PT) candidato, 33,2% das intenções.
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