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Ato reúne três poderes em defesa da democracia nesta segunda
Congresso Nacional será palco da celebração, um ano após os episódios de vandalismo e tentativa de golpe
![Invasão aos Três Poderes é um dos capítulos mais sombrios da jovem democracia brasileira.](https://cdn.atarde.com.br/img/Artigo-Destaque/1250000/1200x720/Ato-reune-tres-poderes-em-defesa-da-democracia-nes0125462900202401071642-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.atarde.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F1250000%2FAto-reune-tres-poderes-em-defesa-da-democracia-nes0125462900202401071642.jpg%3Fxid%3D6073669%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1721086434&xid=6073669)
Um ano depois da surpreendente, ultrajante e extremamente violenta manifestação de ódio protagonizada por extremistas de direita, o ato intitulado "Democracia Inabalada" reúne no Congresso Nacional, nesta segunda-feira, 8, as maiores autoridades do país para reafirmar o respeito às instituições e, sobretudo, ao Estado Democrático de Direito.
A cerimônia sediada no Congresso Nacional relembra a invasão aos prédios dos Três Poderes da República, em Brasília e, além de demonstrar a resistência das instituições, tem também o intuito de restituir ao patrimônio público, de maneira simbólica, alguns itens depredados durante a invasão.
Participam do evento cívico o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o vice, Geraldo Alckmin, os presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Pacheco e Arthur Lira, bem como o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luis Roberto Barroso,
Presença confirmada também da ex-presidente do STF, ministra Rosa Weber, do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes e do Procurador Geral da República (PGR), Paulo Gonet. Também são esperados governadores de estado, ministros, presidentes de estatais e representantes de organizações da sociedade civil.
O evento começa às 15 horas. Após a execução do Hino Nacional, entoado pela cantora e ministra da Cultura, Margareth Menezes, os presidentes dos Três Poderes farão seus discursos e seguirão até a entrada do Salão Nobre do Senado, para a reintegração simbólica ao patrimônio público de uma tapeçaria de Burle Marx e de uma réplica da Constituição Federal de 1988.
A obra de Burle Marx (sem título) foi criada em 1973 e vandalizada durante a invasão do Palácio do Congresso Nacional em 8 de janeiro. Os vândalos não apenas rasgaram, como também urinaram na peça. O trabalho de restauro teve de ser feito em um ateliê especializado em São Paulo e custou R$ 236,2 mil.
Já a réplica da Constituição foi recuperada, sem qualquer dano, após ter sido furtada da sede do Supremo, também no dia 8 de janeiro.
Oposição
Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição ao governo Lula, prepararou um manifesto assinado por 30 senadores, onde destaca a participação desses parlamentares no esforço por uma “investigação profunda e independente” dos fatos ocorridos no dia 8 de janeiro do ano passado.
O texto condena os atos de violência e a depredação dos prédios públicos, mas insiste em atribuir o episódio a “falhas” por parte do governo federal, estratégia utilizada à exaustão na CPI criada para apurar as responsabilidades sobre o ocorrido.
Devido a essa polarização, que ainda se mostra latente um ano após a tentativa de golpe contra a democracia, haverá restrição de acesso às imediações do Salão Negro, a partir das 14h, por meio de barreiras controladas pelas Polícias Legislativas do Senado e da Câmara dos Deputados.
O acompanhamento da solenidade pode ser feito ao vivo por meio dos veículos de comunicação dos três Poderes.
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