Bolsonaro fica “retido” em rodovia do Pará após protesto contra ele

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acabou ficando preso na rodovia PA-275, em trecho próximo a Parauapebas, no Pará – cidade a cerca de 720 quilômetros de Belém – nesta terça-feira, 2, após um movimento de trabalhadores rurais fechar parte da estrada em protesto à presença do político na área. Apesar do manifesto, o político conseguiu discursar na cidade posteriormente.

O protesto contra Bolsonaro foi pela manhã, durou cerca de duas horas e foi representado por agricultores familiares ligados à Fetraf (Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar) "realizaram um manifesto" contra "a chegada do presidente Jair Messias Bolsonaro ao município".

Segundo a Fetraf, o movimento é contra o "descaso" do ex-presidente à agricultura familiar no Pará. "As lideranças se uniram para realizar um ato de protesto em sua recepção", afirmou ao UOL a coordenadora estadual da Fetraf Pará, Noemi Gonçalves.

“O fechamento do Ministério do Desenvolvimento Agrário e a interrupção da reforma agrária no estado [em seu governo]" foram os principais motivos para a ação.

O assessor do ex-gestor, Fabio Wajngarten, atribuiu o ato ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que negou participação. No X, Wanjgarten postou que o movimento bloqueou as estradas no Pará. Entretanto, o protesto foi organizado pela Fetraf Pará, entidade ligada à CUT (Central Única dos Trabalhadores).

“A Fetraf desejou 'boas-vindas' ao ex-presidente de forma simbólica e crítica”, disse Noemi Gonçalves, coordenadora da Fetraf, que continuou: “O governo Bolsonaro foi o pior para a reforma agrária no Pará”.

Bolsonaro cumpre agenda no estado desde o domingo, 30, quando chegou a Belém. A previsão é de que o ex-presidente retorne a Brasília nesta quarta-feira, 3.