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Coronel Mauro Cid cita ter visto Bolsonaro receber propostas de golpes
Segundo o ex-assessor do ex-presidente, aliados recomendaram até prisão de ministros da suprema corte
O coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordem de Bolsonaro que foi preso em operação Venire da Polícia Federal nesta quarta-feira, 3, disse que presenciou aliados do ex-presidente apresentarem propostas de golpe de estado após o Bolsonaro (PL) ser derrotado nas eleições presidenciais para Lula em 2022.
Segundo reportagem do g1, relatos de Mauro Cid nos bastidores, aliados de Bolsonaro procuraram o então presidente para tentar reverter o resultado das eleições com propostas dentre elas apresentadas por um ex-ministro e pelo ex-deputado federal Daniel Silveira que também foi citado por Marcos do Val.
Cid relatou que havia pressões a Bolsonaro para que ele “virasse o jogo”, assinando 142 e até uma tentativa de golpe para prender ministros do Supremo Tribunal Federal, por exemplo Alexandre de Moraes. Com base nesta armação, Bolsonaro convocaria novas eleições com o retorno do voto impresso. O ex-ajudante de ordem relatou que Bolsonaro apenas ouvia as propostas de seus aliados.
Ainda de acordo com o g1, Mauro Cid adota a estratégia de proteger o ex-chefe também no caso das joias: ele tentou tirar do então presidente a responsabilidade sobre a tentativa do governo de levar para o acervo pessoal as peças avaliadas em R$ 16,5 milhões recebidas da Arábia Saudita.
