CASUÍSMO
Deputado bolsonarista propõe porte de arma para parlamentares
Proposta surgiu após tapa de deputado petista durante discussão na sessão de promulgação da reforma tributária
Por Da Redação
O deputado federal José Medeiros (PL-MT) protocolou ontem, 21, um projeto de lei para conceder porte de arma de fogo automático a parlamentares. A proposta surgiu no dia seguinte ao tapa desferido pelo deputado Washington Quaquá (PT-RJ) no deputado Messias Donato (REP-ES), durante a sessão de promulgação da reforma tributária.
O projeto inclui deputados e senadores nas categorias que têm automaticamente direito ao porte e permite que as assembleias legislativas estaduais e a Câmara Distrital do DF tenham direito de decidir se seus parlamentares poderão ou não portar automaticamente armas de fogo.
Na justificativa do projeto, o deputado bolsonarista sustenta que os acirrados debates políticos podem “extrapolar os muros das respectivas casas” e “provocar comportamentos radicais” em algumas pessoas.
Precedente trágico
O Congresso Nacional já foi palco de uma tragédia provocada pelo porte de arma de fogo. Em 4 de dezembro de 1963, o então senador Leopoldo Collor de Mello, pai do ex-senador e ex-presidente Fernando Collor, atirou contra um adversário e acabou atingindo José Kairala (PSD), que faleceu.
Hoje, mesmo deputados e senadores que têm porte de arma não podem andar armados dentro das dependências do Congresso, embora não haja revista nas entradas da Casa para parlamentares.
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