General Villas Bôas deixa cargo de assessor no governo

Exoneração foi a pedido do militar para focar nos cuidados com a saúde

Publicado terça-feira, 21 de junho de 2022 às 19:18 h | Atualizado em 21/06/2022, 19:18 | Autor: Da Redação
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Villas Bôas ocupou o cargo de assessor especial do GSI desde janeiro de 2019
Villas Bôas ocupou o cargo de assessor especial do GSI desde janeiro de 2019 -

O governo federal exonerou o general Eduardo Villas Bôas do cargo de assessor especial do ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Augusto Heleno. A mudança foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira, 21, informando que a saída acontece a pedido do militar. O documento é assinado pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.

General de exército (quatro estrelas), Villas Bôas foi escolhido, em 2015, pela então presidente Dilma Rousseff para assumir o comando do exército. O general permaneceu no cargo por quatro anos. Depois disso, ocupou o cargo de assessor especial do GSI desde janeiro de 2019.

A colunista Carla Araújo do UOL divulgou que o general da reserva, que sofre de esclerose lateral amiotrófica (ELA), atendeu o pedido feitos por familiares e decidiu focar nos cuidados com a saúde. A doença de Villas Bôas está em estágio avançado, mas, mesmo com dificuldades na fala, o general continua se comunicando.

Pressão ao STF

A trajetória política de Villas Bôas ficou marcada por publicações nas redes sociais com ameaças veladas ao Supremo Tribunal Federal (STF) em 2018 na véspera da Côrte julgar um habeas corpus preventivo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Asseguro à Nação que o Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à Democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais", destacou o general.

"O Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à Democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais. Nessa situação que vive o Brasil, resta perguntar às instituições e ao povo quem realmente está pensando no bem do País e das gerações futuras e quem está preocupado apenas com interesses pessoais?", encerrou.

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