Hang é condenado em R$ 85 milhões por coagir voto em Bolsonaro
Empresário coagiu seus empregados a votarem em Bolsonaro na eleição de 2018
![O ex-presidente Jair Bolsonaro e o empresário Luciano Hang](https://cdn.atarde.com.br/img/Artigo-Destaque/1250000/1200x720/Hang-e-condenado-em-R-85-milhoes-por-coagir-voto-e0125726600202401311247-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.atarde.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F1250000%2FHang-e-condenado-em-R-85-milhoes-por-coagir-voto-e0125726600202401311247.jpg%3Fxid%3D6099027%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1719787360&xid=6099027)
A 7ª Vara do Trabalho de Florianópolis condenou as lojas Havan e seu proprietário Luciano Hang a pagarem mais de R$ 85 milhões por coagir seus empregados a votarem no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na eleição presidencial de 2018. As informações são da coluna de Leonardo Sakamoto, no UOL.
Hang e a Havan foram condenados após uma ação movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). Conforme a ação, o empresário teria promovido campanhas políticas em prol do candidato com o envolvimento obrigatório de empregados em "atos cívicos" na empresa.
A acusação é que Hang ameaçou fechar lojas e dispensar empregados caso Fernando Haddad (PT), adversário de Bolsonaro em 2018, ganhasse a eleição. Os trabalhadores também denunciaram precisar responder enquetes internas promovidas pela Havan em seus terminais de computadores, informando em quem votariam.
"Os réus valeram-se de sua condição de empregadores para impor sua opinião política a respeito dos candidatos à Presidência da República e para vincular, de maneira absolutamente censurável, a manutenção dos postos de trabalho de seus colaboradores, valendo-se de métodos humilhantes, vexatórios e, até mesmo, de 'pesquisas eleitorais' obrigatórias sem qualquer respaldo em lei", dizem os procuradores responsáveis pelo caso.
Ao UOL, Luciano Hang classificou como "descabida e ideológica" a decisão. "É um total absurdo. Inclusive, na época dos acontecimentos foram feitas diversas perícias nomeadas pela própria Justiça do Trabalho e nada ficou comprovado, não houve irregularidades. O juiz deveria seguir as provas, o que não fez, seguiu a sua própria ideologia. Mais uma vez o empresário sendo colocado como bandido", afirma.
Ainda cabe recurso da decisão.
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