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Lula cobra agilidade de ministros

Pronunciamento foi feito durante cerimônia de concessão de crédito

Publicado segunda-feira, 22 de abril de 2024 às 15:28 h | Atualizado em 22/04/2024, 16:22 | Autor: Da Redação
Lula diz que Haddad precisa deixar de ler "um livro"
Lula diz que Haddad precisa deixar de ler "um livro" -

Durante cerimônia no Palácio do Planalto, o presidente Lula (PT) cobrou nesta segunda-feira, 22, que quatro ministros ajam mais para ajudar na articulação com o Congresso Nacional. A cerimônia foi feita para o lançamento de programa de concessão de crédito a empresários e pessoas inscritas no CadÚnico, base de dados do governo federal para o pagamento de programas sociais. O Congresso tem criticado a articulação política do governo Lula.

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, Lula pediu que o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), seja mais célere. Além de também solicitar que o ministro da Fazenda e professor universitário, Fernando Haddad (PT) deixe de ler “um livro” e passe mais tempo discutindo com os parlamentares.

Lula também afirmou que o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Wellington Dias, e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, têm que passar maior tempo conversando com a bancada.

A insatisfação de parlamentares com a articulação do governo tem se intensificado desde o início deste ano. Segundo a revista Exame, o nome mais citado nas conversas é o de Alexandre Padilha, ministro da Secretaria de Relações Institucionais. O objetivo é a capacidade de aprovar medidas que aumentem a arrecadação e garantam um déficit fiscal zero, além da articulação de pautas de interesse do governo neste ano eleitoral.

Lula realizou uma reunião de emergência na sexta-feira, 19,com ministros do Palácio do Planalto e líderes do governo no Congresso Nacional para melhorar a coordenação política. A expectativa é que o presidente se encontre nesta semana com Lira e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

O governo Lula perpassa um momento delicado com o risco de avanço da pauta-bomba, que pode ter um impacto bilionário para as contas públicas, principalmente em relação a PEC (proposta de emenda à Constituição) que aumenta o salário de juízes e promotores, com custo anual de cerca de R$ 40 bilhões. A intenção do encontro com Lula nesta semana é realizar um planejamento para um revezamento com líderes na tentativa de conseguir um acordo que reduza o espectro do funcionalismo beneficiado.

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