POR TELEFONE
Lula e Macron falam sobre meio ambiente, fome e democracia
Macron ratificou o apoio da França ao Brasil após a invasão das sedes dos três poderes em Brasília
Por Da Redação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou por telefone, nesta quinta-feira, 26, com seu contraparte francês, Emmanuel Macron, sobre os "desafios" com o meio ambiente e a fome e os "riscos" da extrema direita para a democracia, informou o Palácio do Planalto.
"Ambos concordaram sobre os riscos que pairam sobre a democracia em virtude das ações violentas de grupos de extrema direita" e a "importância de se combater a desinformação", disse o Planalto em nota.
Macron ratificou o apoio da França ao Brasil após a invasão das sedes dos três poderes em Brasília, em 8 de janeiro, por milhares de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, que exigiam a queda de Lula.
"Durante nossa conversa, reiterei ao presidente @LulaOficial o apoio da França após os ataques contra a democracia brasileira", tuitou Macron.
Além disso, durante a conversa por telefone de mais de uma hora, os dois líderes discutiram as negociações em andamento para selar o acordo Mercosul-União Europeia e a "urgência" de buscar a paz entre Rússia e Ucrânia, países em conflito desde fevereiro de 2022.
Lula, de 77 anos e que iniciou um terceiro mandato presidencial em 1º de janeiro, convidou Macron para visitar o Brasil e conhecer o estaleiro no Rio de Janeiro onde está sendo construído um submarino movido a energia nuclear, fruto da cooperação entre os dois países.
Os presidentes também discutiram os esforços para combater as mudanças climáticas, pauta considerada prioritária pelos dois governos.
"Nós reafirmamos nossa determinação de agir pelo clima, pela biodiversidade, por nossas florestas e contra a fome. Vamos superar estes desafios", escreveu Macron, de 45 anos.
A volta de Lula ao poder no Brasil, que já havia governado entre 2003 e 2010, foi um alívio para as relações entre Brasil e França.
Macron e Bolsonaro tiveram relações muito ruins, especialmente devido à forma como o ex-presidente brasileiro lidou com a proteção da Amazônia, um recurso-chave na esforço internacional para deter as mudanças climáticas.
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