BRASIL
Mantega alfineta Guedes e diz que não será ministro na gestão de Lula
Ex-ministro do governo do PT faz parte da equipe de 'planejamento, orçamento e gestão' da transição de governo
Por Da Redação
O Ex-ministro da Fazenda e do Planejamento dos governos do PT, Guido Mantega, disse que não vai ser ministro na próxima gestão do presidente Lula. Mantega que também foi presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), faz parte do grupo de trabalho da transição na área de planejamento, orçamento e gestão.
"O grupo de transição é para ajudar o novo governo a conhecer a estrutura, modificar a estrutura do governo anterior e poder governar. Não tem nada a ver uma coisa com outra, as pessoas que estão lá não serão grupo ministerial", disse.
"É claro que poderão ser escolhidas pessoas que estão lá, mas eu por exemplo não serei ministro. Já estou indicando. Já fui ministro do Planejamento, da Fazenda, e não pretendo ser mais ministro. Eu saio dessa vanguarda e fico na retaguarda, ajudando com conselhos e tudo mais", completou.
Ao negar o posto de ministro de governo em entrevista à GloboNews, nesta sexta-feira, 11, Mantega também minimizou a pressa do mercado pela definição dos ministros da área econômica. Para o ex-ministro, "o mais importante não é definir o ministro, mas é definir a política econômica."
Questionado se a política econômica do governo Lula vai seguir a visão do novo ministro da Fazenda, Mantega afirmou que no governo do petista não será assim. "O ministro da Economia tem que se enquadrar na política que é definida pelo governo e pelo Lula."
"A política econômica é do governo e não do ministro da Fazenda. O ministro da Fazenda vem para executar a política econômica que é definida pelo governo e principalmente pelo presidente Lula", completou.
Guido Mantega alfinetou o ministro da Economia, Paulo Guedes, que foi apelidado de "posto Ipiranga" por definir a política econômica do governo. "No governo Bolsonaro pode ser, porque o Bolsonaro disse que não entendia nada de economia." Mantega falou sobre a frente ampla diante dessas declarações e disse que os aliados darão opinião e que haverá, sim, política econômica da "coalização".
"Eu falei do governo. É uma política econômica do governo. Nesse caso, é um governo de coalização, tem que refletir as opiniões dos outros participantes", disse. "Mas a espinha dorsal dele tá mais ou menos definida", completou.
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