BRASÍLIA
PGR defende volta de Ibaneis ao governo do Distrito Federal
Governador está afastado do Palácio do Buriti desde janeiro, após atos golpistas em Brasília
Por Da Redação

Em uma manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Procuradoria-Geral da República (PGR) defendeu a revogação da decisão que afastou o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), do cargo. O afastamento foi determinado pelo ministro Alexandre de Moraes após a invasão das sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro, por um período de 90 dias, por omissão, já que cabe ao governo do DF garantir a segurança dos prédios públicos em Brasília. Desde então, a vice-governadora Celina Leão (PP) assumiu como governadora em exercício.
A manifestação, assinada pelo coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, o subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, argumenta que o afastamento da função pública exige a comprovação de que o mandatário representa um risco caso continue no cargo. Para a PGR, os elementos reunidos até o momento não permitem inferir que o retorno de Ibaneis ao governo coloque em risco a ordem pública ou a aplicação da lei penal, ou impeça o curso da colheita de provas ou obstrua as investigações em andamento.
O subprocurador mencionou também o relatório final apresentado pelo interventor Ricardo Capelli, que assumiu o comando da Secretaria de Segurança Pública após os atentados. Segundo a PGR, não estão preenchidos os requisitos da medida cautelar de afastamento da função pública, mas isso não impede que sejam analisados elementos que possam levar à responsabilização penal no futuro.
Os atos de 8 de janeiro resultaram na depredação dos prédios dos três Poderes, com danos a bens públicos diversos. Um dia depois da invasão das sedes dos Três Poderes, a Polícia Federal prendeu em flagrante 2.151 pessoas que haviam participado dos atos. A suspeita de omissão resultou, além do afastamento de Ibaneis, na prisão do ex-secretário de Segurança Pública Anderson Torres e do ex-comandante da Polícia Militar do DF coronel Fábio Augusto Vieira.
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