Tebet sobre relação com Haddad: “Não me importo em ser a segunda voz”

A área econômica do governo federal parece estar bem alinhada. Questionada sobre o crescimento do ministro Fernando Haddad (PT), da Fazenda, durante os sete primeiros meses de governo, a ministra Simone Tebet (MDB), do Planejamento, deixou claro que não se sente incomodada.

“Isso é bom para o país, para o governo, para a economia. Como em uma dupla sertaneja, não me incomodo em ser a segunda voz”, declarou Tebet, em entrevista ao jornal carioca O Globo.

A ministra deixou claro que não consegue se enxergar em um campo político diferente de Haddad e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2026. Segundo ela, o objetivo dos três é o mesmo: combater a fome.

“Os grandes inimigos do Brasil, do ministro Haddad, são a fome e a desigualdade. Não há como visualizar estarmos em caminhos diferentes em 2026”, afirmou Simone Tebet.

“Ainda temos resquício da extrema-direita, Bolsonaro está inelegível, mas o bolsonarismo não. Não consigo visualizar uma divisão eleitoral dentro desse campo” complementou a ministra do Planejamento.

Questionada sobre a possibilidade de formação de uma chapa entre ela e o ministro Fernando Haddad, Tebet respondeu que não é candidata a nada e falou sobre a importância das eleições municipais de 2024 para que 2026 seja vislumbrado.

“Não é uma chapa, não sou candidata a nada. Eu ia voltar para casa em 2023 e temos quatro anos pela frente, não sei se vou estar no ministério até lá. Além disso, 2026 passa por 2024, pela capacidade do campo democrático, seja centro-direita, seja centro-esquerda, de formar uma barreira nas eleições municipais ao crescimento da direita radical, que tem uma visão equivocada de país, que segrega, polariza e favorece o crescimento de um ambiente de ódio e discórdia”, avaliou a emedebista.