VISITA AO BRASIL
'Triste essa aproximação com ditaduras', diz Bolsonaro sobre Maduro
Ex-presidente ficou marcado em seu mandato por relação com o herdeiro da Arábia Saudita, Mohamed bin Salman
![Mohamed bin Salman, que é conhecido no mundo por usar medidas violentas para silenciar dissidentes, inclusive no exterior](https://cdn.atarde.com.br/img/Artigo-Destaque/1230000/1200x720/Artigo-Destaque_01230800_00-ScaleDownProportional.webp?fallback=https%3A%2F%2Fcdn.atarde.com.br%2Fimg%2FArtigo-Destaque%2F1230000%2FArtigo-Destaque_01230800_00.webp%3Fxid%3D5838218%26resize%3D1000%252C500%26t%3D1721870988&xid=5838218)
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez críticas à chegada do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, ao Brasil, para visita ao presidente Lula (PT) e encontro com presidentes sulamericanos.
"Vejo com tristeza essa aproximação com ditaduras. O atual governo não tem nenhum apreço pela democracia, fazendo isso. Essas pessoas [Nicolás Maduro] representam o que o Lula quer para o Brasil: povo sem liberdade (…) O que existe na Venezuela é uma ditadura silenciosa”, disse Bolsonaro à CNN Brasil.
Ex-presidente, que é defensor do período da ditadura militar no Brasil, ficou marcado em seu mandato pela aproximação com o herdeiro da Arábia Saudita, Mohamed bin Salman, que é conhecido no mundo por usar medidas violentas para silenciar dissidentes, inclusive no exterior. A Arábia Saudita é uma ditadura.
Mohamed bin Salman é apontado em relatórios do departamento de inteligência dos Estados Unidos como o mandante da morte do jornalista Jamal Khashoggi, em 2018. Jamal era crítico do regime saudita, foi assassinado e esquartejado após entrar no consulado da Arábia Saudita em Istambul.
Bolsonaro, inclusive, recebeu no final de seu mandato, presentes do governo árabe durante viagem ao país, o que resultou numa grande crise em seu retorno ao país, pelo fato de vários kits de joias terem sido apreendidos pela Receita Federal. Seu ex-ajudante de ordens, Mauro Cid, responde a inquérito na Polícia Federal por ter, supostamente, tentado retirar as joias para o então presidente. Vale lembrar que um presente dado por um governo a outro pertence ao Estado, não à figura do presidente.
Bolsonaro também criticou a situação econômica e a social na Venezuela em entrevista à CNN.
“É importante que todos saibam o que foi a operação Acolhida, que fizemos na fronteira do Brasil com a Venezuela. Recebemos ainda mais de 500 pessoas por dia, fugindo da miséria e da fome do governo de [Nicolás] Maduro. O povo foge da Venezuela, país mais rico do mundo em reserva de petróleo”.
Essa é a primeira vez que Maduro visita o Brasil desde julho de 2015. À época, o paós ainda era comandado pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Ele participou da cúpula do Mercosul, realizada em Brasília.
Em 2019, Maduro foi proibido de entrar no país por Bolsonaro. A decisão foi revertida em 30 de dezembro de 2022, durante o governo de transição.
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