TSE cassa prefeito de Brusque e torna Hang, dono da Havan, inelegível

Nesta quinta-feira, 4, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu cassar os mandatos do prefeito de Brusque, Ari Vequi (MDB), e do vice-prefeito Gilmar Doerner (Republicanos).

Além disso, declarou Luciano Hang, empresário aliado de Jair Bolsonaro (PL), inelegível por abuso de poder econômico nas eleições municipais de 2020, de acordo com o portal Uol.

Na sessão, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, foi divergente ao relator da ação, o ministro aposentado, Ricardo Lewandowski, e votou para condenar os envolvidos.

Ainda segundo o portal, Moraes disse que aconteceu uma “campanha paralela” para prejudicar campanhas adversárias. Além disso, falou que autorizar empresas a estabelecer campanha publicitária paralela sem limites, explicita o abuso econômico.

A inelegibilidade é ligada a mandato ou filiação partidária. O colegiado entendeu que Hang fez campanha a favor da eleição de Vequi, que mobiliza a sua empresa, a rede de lojas Havan, para favorecer o candidato.

No governo de Bolsonaro, Hang foi um dos empresários mais próximos ao chefe do Executivo. Ele chegou a ser alvo de bloqueio de bens e busca e apreensão em investigações do Supremo Tribunal Federal em inquérito que apurava ataques a ministros da corte.

Uma ação movida pela chapa formada pelo Podemos, PT, PSB e PV alega que a estrutura, bens, funcionários, fornecedores e ações de marketing e da própria marca foram usados para favorecer a chapa vitoriosa.

Moraes foi seguido pelos ministros Benedito Gonçalves, Cármen Lúcia, Sergio Banho e Carlos Horbach. Foram vencidos Lewandowski e Raul Araújo.

O TSE informou que deverá acontecer uma nova eleição para eleger novos prefeito e vice-prefeito do município catarinense.