Mario Frias recebeu ordem da Justiça para remover vídeo em que usa trecho de discurso de Fernando Haddad (PT) para passar a ideia de que o petista é defensor do ex-primeiro ministro da União Soviética, Josef Stalin.
A juíza do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), Maria Claudia Bedotti, ordenou que o ex-secretário Especial de Cultura do atual presidente excluísse o vídeo nas redes sociais Twitter, Instagram e Facebook em até 24 horas.
No vídeo, além do trecho da fala de Haddad, Frias mente ao dizer que Haddad é a favor do “fuzilamento do bem”, ao usar o trecho em que o petista, na Comissão de Educação no Senado, em maio de 2011, diz que “há uma diferença entre o Hitler e Stálin que precisa ser devidamente registrada. Ambos fuzilavam seus inimigos, mas o Stálin lia os livros antes de fuzilá-los, lia os seus livros”.
Então ministro da Educação, Haddad usou, segundo sua assessoria, uma “ironia para mostrar a diferença entre nazistas, que não liam os livros que queimavam, e comunistas, que liam”, para responder o questionamento do senador Álvaro Dias (PSDB) de que “até o ditador Stálin defendia a norma culta”.
No trecho que não estava no vídeo publicado por Frias, o petista disse que “estamos vivendo, portanto, uma pequena involução, estamos saindo de uma situação stalinista e agora adotando uma postura mais de viés fascista, que é criticar um livro sem ler”.