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13/07/2020 às 18:18 • Atualizada em 13/07/2020 às 18:49 - há XX semanas | Autor: Rodrigo Aguiar

POLÍTICA

Carnaval “junino” não empolga representantes do trade turístico

Carnaval de Salvador pode ser adiado para o meio do ano por causa de coronavírus
Carnaval de Salvador pode ser adiado para o meio do ano por causa de coronavírus -

Representantes do trade turístico não viram com entusiasmo a possibilidade de adiamento do Carnaval de Salvador para o final de maio ou início de junho, como sugeriu o prefeito ACM Neto nesta segunda-feira, 13.

Para Silvio Pessoa, presidente da Federação Baiana de Hospedagem e Alimentação (Fehba), é precoce discutir o carnaval e a discussão deve girar em torno da retomada do turismo na capital. “Estamos com 95% dos hotéis fechados, sem passeios e praias. Devemos rever esse conceito de ocupação de UTIs enquanto estivermos recebendo pessoas do interior”, defendeu.

Na última semana, o prefeito e o governador Rui Costa anunciaram um plano de retomada, que condiciona a reabertura de setores a percentuais máximos de ocupação de UTIs. Para iniciar a retomada, o índice deverá ser inferior a 75%. Bares e restaurantes só serão reabertos na fase 2, quando a taxa de ocupação não ultrapassar 70%.

Recentemente, o prefeito ACM Neto apontou uma mudança no perfil dos pacientes internados com coronavírus na capital. Segundo ele, há um fluxo maior de infectados do interior transferidos para Salvador, o que influencia diretamente na taxa de ocupação de UTIs da cidade

O dirigente opinou ainda que, no período sugerido, o Carnaval poderia sofrer com a proximidade do São João e com fatores climáticos. “Junho já tem uma festa fortíssima na Bahia. Não tem uma cidade que não tenha festa de São João”, disse.

Segundo o presidente da Fehba, o Carnaval costuma fazer um “colchão” - ou seja, uma poupança para passar os meses de baixa estação. “E não lembro de ter chovido tanto em maio e junho como este ano”, completou.

A presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens na Bahia (Abav-BA), Ângela Carvalho, concorda que o adiamento do Carnaval para os meses sugeridos poderia “impactar” os festesjos juninos, e vice-versa. “Não vejo isso como bom para o turismo de Salvador”, defendeu.

O assunto, acrescentou Ângela, ainda não teria sido debatido com representantes do trade turístico. “Ainda não conversamos a respeito disso, fomos pegos de surpresa”, disse.

O presidente da Salvador Destination, Roberto Duran, evitou classificar a proposta como “certa ou errada”, mas admitiu ficar “um pouco receoso” com a idéia de modificar o calendário de uma festa ligada à tradição religiosa. “Assim como acho complicado o Natal não ser em 24 de dezembro”, comparou.

“É uma ideia, mas acho que devemos trabalhar com a possibilidade de ter a vacina, ou da população estar imunizada. Pode ser que não tenhamos um Carnaval de dois milhões de pessoas, quem sabe mais módico. Mas quem vai decidir isso não as nossas autoridades”, completou Duran.

Conselho aprova idéia

Já o presidente do Conselho Municipal do Carnaval (Comcar), Jairo da Mata, elogiou a proposta do prefeito, em função das circunstâncias. “Creio que o prefeito age com a prudência que o momento requer. Não temos ainda definição acerca da vacina. A pandemia requer uma série de cuidados. Nós, do conselho, também temos essa responsabilidade. Não podemos levar milhões de passoas às ruas sem a devida preocupação”, declarou.

Para o presidente do Comcar, o prazo dado pelo prefeito para a tomada de decisão é adequado. Em entrevista, Neto afirmou que decidirá sobre o assunto até novembro. Este também foi o marco fixado pelo gestor para definir se haverá o Festival Virada.

Conforme o prefeito, se trata de uma festa “muito mais simples” do que o carnaval, mas “o limite de decisão é o mesmo”. Este ano, a estimativa da prefeitura foi de uma movimentação de R$ 1,8 bilhão com a festa.

Em entrevista coletiva nesta segunda, Neto disse que o “deadline” da prefeitura sobre a data do Carnaval, vai ser no fim do ano, uma vez que a preparação da folia é feita alguns meses antes. O prefeito disse ter “até novembro para decidir”. “O possível é que até novembro não tenhamos uma vacina acessível para todos”, disse

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