Cerca de 70% dos homens com idade de Bolsonaro têm problemas de ereção

Durante seu discurso em Brasília no feriado da Independência do Brasil, na última quarta-feira, 7, o presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu puxar um coro exaltando a sua própria virilidade e contou com o apoio de uma multidão de apoiadores. Após beijar a primeira-dama Michelle Bolsonaro, o presidente puxou um coro chamando a si mesmo de "imbrochável".

A palavra não existe no dicionário brasileiro e é uma neologia de Bolsonaro, que por mais de uma vez já se referiu a si próprio assim. O presidente tem como objetivo ressaltar a sua virilidade como incapaz de brochar, ou seja, ter problemas de ereção.

No entanto, apesar da tentativa de Bolsonaro de se colocar como "imbrochável", os problemas de ereção em homens da sua faixa etária são comuns. O presidente tem 67 anos, idade com que o índice de indivíduos do gênero masculino com disfunção erétil é próximo a 70%, conforme mostram estudos.

O artigo norte-americano "Aging related erectile dysfunction" (Disfunção erétil relacionada ao envelhecimento, em português), divulgado na publicação internacional "Andrologia e Urologia Translacional" em 2017, por sua vez, afirma que "a disfunção erétil visitará todo homem em algum momento de sua vida."

A estimativa apontada no estudo é de que aos 40 anos, um homem tem cerca de 40% de chances de ter algum tipo de disfunção erétil e essa prevalência aumenta cerca de 10% a cada década que passa, ligando o transtorno ao envelhecimento normal humano e do sistema vascular.