Com dificuldade para aprovação, Bolsonaro diz a André Mendonça que não há plano B

Mesmo com a dificuldade de articular a aprovação do antigo advogado-geral da União, André Mendonça, no Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Jair Bolsonaro já avisou ao pastor que não tem um plano B caso não consiga emplacar o seu aliado "terrivelmente evangélico".

Mendonça ouviu a promessa do próprio Bolsonaro, durante reunião que teve com lideranças evangélicas no Palácio do Planalto. Estiveram presentes o bispo Abner Ferreira, pastor Samuel Camara, bispo Rodovalho, Silas Malafaia, pastor Samuel Camara e Bispo Rodovalho. Além das lideranças evangélicas, foram à reunião os senadores Flavio Bolsonaro (Patriota-RJ), Vanderlan Cardoso (PSD-GO), Carlos Viana (PSD-MG), Eduardo Girão (Podemos-CE), Eliziane Gama (Cidadania-MA), Mecias de Jesus (Republicanos-RR), Zequinha Marinho (PSC-MA) e Luis Carlos Heinze (PP-RS).

Para ocupar a cadeira de Marco Aurélio Mello, o ex-ministro da Justiça precisa passar pela sabatina na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado e, depois, aprovado em votação no plenário da Casa. No entanto, historicamente todos tentam garantir ao máximo antes, em conversa com os senadores, que vai ser aprovado, para evitar qualquer constrangimento.

Com as últimas investidas de Bolsonaro contra a ordem democrática, Mendonça teve a vida dificultada e perdeu a moral com parte dos parlamentares. O nome do procurador-geral da República, Augusto Aras, voltou a ser especulado.

A expectativa do presidente é que com a trégua acordada após a nota de recuo e a ligação para o ministro Alexandre de Moraes, o nome de Mendonça sofra menos resistência no Congresso.