POLÍTICA
CPI do Tráfico de Armas quer prisão de advogados de Marcola
Por JORNAL A TARDE
A CPI do Tráfico de Armas aprovou nesta quarta-feira requerimento que solicita à Polícia Civil do Estado de São Paulo que encaminhe à Justiça um pedido de prisão preventiva dos advogados Maria Cristina Souza Machado e Sérgio Wesley Cunha, defensores do líder do Primeiro Comando da Capital (PCC) Marcos Herbas Camacho, o Marcola, que teria liderado a onda de ataques em São Paulo nos últimos dias.
Os advogados são acusados de subornar o servidor terceirizado da Câmara dos Deputados Arthur Vinícius Pilastre Silva para ter acesso aos depoimentos reservados dos delegados Rui Ferraz e Godofredo Bitencourt, do Deic (Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado), à CPI ocorridos na semana passada.
"Entendemos a medida necessária diante da revelação do servidor da Câmara", afirmou o relator da CPI, deputado Paulo Pimenta (PT-RS).
Em depoimento concedido à CPI nesta tarde, Arthur confessou ter recebido 200 reais para entregar uma fita de áudio com o depoimento dos policiais aos advogados.
A CPI também aprovou um outro requerimento que solicita à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) a suspensão dos registros dos advogados diante da acusação.
Na audiência, segundo Pimenta, Rui e Godofredo contaram detalhes do monitoramento das ações criminosas do PCC em São Paulo e de suas ramificações em outros estados.
O relator negou que os policiais tenham tratado de operações de transferências de presos de alta periculosidade no estado.
"Nada disso foi falado na comissão. Eles apenas falaram sobre o modo de agir do PCC", disse o parlamentar.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Siga nossas redes