ELEIÇÕES
Diretor da Abin vai se filiar ao PL para disputar ao Congresso
Alexandre Ramagem é próximo ao presidente Jair Bolsonaro e está no centro de polêmicas recentes
O diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Alexandre Ramagem decidiu se filiar ao PL até o fim de março para ser candidato a deputado estadual ou federal pelo Rio de Janeiro. As informações são da coluna de Juliana Dal Piva, no UOL.
O PL é o mesmo partido do presidente Jair Bolsonaro, que irá tentar a reeleição neste ano. A tendência é que Ramagem tente uma cadeira no Congresso Nacional. Por isso, ele deve deixar a direção da Abin e a carreira na PF (Polícia Federal) até abril para disputar a eleição de 2022.
Diferente de seus antecessores na Abin, Ramagem não é discreto com suas posições políticas e alimenta sua redes redes sociais com conteúdo similar ao do presidente Bolsonaro. Em 2021, ele defendeu o voto impresso auditável, em um movimento visto por seus pares como uma opção clara pela política.
"Voto auditável significa segurança ao pleito eleitoral e evolução das urnas eletrônicas. Assegura integridade e transparência aos resultados do sufrágio universal. Compromisso com a representatividade popular e a democracia", postou.
Recentemente, Ramagem defendeu Bolsonaro e chamou o ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, de traidor. "O Moro no começo pareceu um grande acerto, uma grande esperança. Depois foi uma grande decepção e o que se viu foi uma deliberada traição. Uma traição não ao presidente, mas à sociedade", disse Ramagem a um canal no Youtube.
Delegado da Polícia Federal, Ramagem se aproximou de Bolsonaro em 2018, quando comando a segurança do presidente. No fim do mesmo ano, ele foi nomeado superintendente regional da PF no Ceará, mas acabou chamado para o cargo de assessor especial da Secretaria de Governo da Presidência da República, na função de auxiliar direto do então ministro Carlos Alberto Santos Cruz.
Em julho de 2019, ele assumiu a Abin e pouco depois esteve no centro de uma polêmica entre Bolsonaro e Moro, já que na avaliação do ex-ministro, o gesto era uma interferência política do presidente na PF. Há um inquérito no STF sobre o caso.
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