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Defesa vai entregar ao TSE relatório que descarta fraude nas urnas

Chefe da pasta, Paulo Sérgio Nogueira se comprometeu com Alexandre de Moraes

Publicado quarta-feira, 19 de outubro de 2022 às 10:36 h | Autor: Da Redação
Presidente do TSE, Alexandre de Moraes tem feito pressão para receber o relatório que descarta fraude nas urnas eletrônicas
Presidente do TSE, Alexandre de Moraes tem feito pressão para receber o relatório que descarta fraude nas urnas eletrônicas -

Após a informação de que Jair Bolsonaro (PL) segura o relatório de militares que descarta fraude nas urnas no primeiro turno das eleições, realizado no dia 2 de outubro, o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, se comprometeu com Alexandre de Moraes a entregar o documento.

O chefe da pasta que foi encarregada de investigar os aparelhos usados para a votação se encontrou com o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na noite desta terça-feira, 19, segundo informação do jornal Folha de S. Paulo. A notícia surge no mesmo dia em que o colunista do portal Metrópoles, Guilherme Amado, apontou que Bolsonaro quer impeachment de Moraes em 2023.

Paulo Sérgio Nogueira, com isso, toma uma decisão que pode contrariar o chefe do Executivo Federal, que na ocasião em que foi relatado que o documento não seria entregue, teria dito que os militares "deveriam se esforçar mais", porque "as informações não batiam com o que ele próprio soube a respeito do assunto".

Até hoje não apresentado ao público, o relatório que descarta fraude nas urnas é fruto de investigação dos militares e contou com a avaliação de ao menos 385 boletins de urna e um projeto-piloto com uso da biometria para testar 58 aparelhos.

O presidente da República fez uma pausa nas críticas às urnas eletrônicas após o primeiro turno, período em que seus aliados concentraram seus ataques nas pesquisas eleitorais, a exemplo do presidente da Câmara, Arthur Lira (PL-AL), que retomou urgência no projeto de lei que visa criminalizar institutos que apresentarem resultados diferentes dos resultados das urnas. No entanto, na última segunda-feira, 17, Bolsonaro voltou a colocar em dúvida a credibilidade dos aparelhos, chamados por ele de "ultrapassados".

No primeiro turno, disputado no dia 2 de outubro, Bolsonaro ficou com segundo lugar, com 43,20% dos votos, atrás de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que teve 48,43%.  O petista é favorito para vencer o segundo turno, a ser realizado no dia 30 de outubro, segundo a mais recente pesquisa da Atlasintel.

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