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SABATINA

"Se forem limpas, serão respeitadas", diz Bolsonaro sobre as eleições

Presidente ainda falou de política ambiental, economia e sobre a relação com o Centrão no Congresso

Por João Guerra

22/08/2022 - 21:29 h | Atualizada em 22/08/2022 - 22:21
Na resposta, o presidente ponderou que gostaria de transparência no resultado
Na resposta, o presidente ponderou que gostaria de transparência no resultado -

Durante participação na sabatina do Jornal Nacional na noite desta segunda-feira, 22, o presidente Jair Bolsonaro foi questionado sobre os ataques feitos ao sistema eleitoral, a sua atuação durante a pandemia da Covid-19, além de casos de corrupção no seu governo e sua relação com o centrão.

A primeira pergunta dos entrevistadores foi sobre os ataques aos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ao sistema eleitoral. A entrevista já começou tensa, com Bolsonaro sendo perguntado se, com isso, pretendia criar um ambiente propício para um golpe de Estado.

De acordo com o presidente da República, o apresentador William Bonner estaria falando uma 'fake news' e se defendeu dizendo que apenas gostaria de transparência no resultado das eleições.

“Em 2014, tivemos eleições e o PSDB contratou uma auditoria e a conclusão foi que a urna era inauditável. Em 2018, houve denúncia de fraude e a Polícia Federal fez um inquérito que foi inconclusivo. Queremos que não existam dúvidas pairando sobre as eleições”, afirmou o chefe do executivo que seguiu com a resposta.

“Quem vem sendo perseguido o tempo todo por um ministro [Alexandre de Moraes] com um inquérito ilegal sou eu. Mas na ocasião da posse, vocês viram um encontro amigável entre a gente. O ministro Alexandre de Moraes amanhã tem reunião com o ministro da Defesa, mas precisou eu provocar para que chegasse a esse ponto. Teremos eleições e serão limpas e transparentes”, completou.

Bolsonaro foi questionado também o porquê de ele não desencorajar os seus apoiadores que defendem golpe de Estado ou retaliação do Executivo aos outros poderes. Nas palavras do presidente, esses posicionamentos estariam incluídos no conceito de "liberdade de expressão".

“Quando alguns falam em fechar o congresso, vejo como liberdade de expressão. Não posso eu falar isso. Querer punir alguém que se manifesta pedindo AI-5 com um cartaz é demais”, pontuou.

William Bonner tornou a insistir para que o presidente se comprometesse a respeitar o resultado das eleições. Com isso, Bolsonaro respondeu: “se forem limpas, serão respeitadas [...] Serão respeitados os resultados das urnas, mas vamos colocar um ponto final nisso e fazer outra pergunta?”, disse Bolsonaro ao encerrar o tópico.

Pandemia

O candidato à reeleição ao Planalto foi questionado também sobre a sua atuação durante a pandemia da Covid-19, quando desencorajou que as pessoas respeitassem as medidas sanitárias de prevenção adotadas pelos estados e a vacinação, além de defender que se tratassem com medicamentos sem eficácia cientificamente comprovada.

“Nós compramos mais de 500 milhões de doses de vacinas em tempo bem mais rápido do que outros países. Não podia eu, assinar algum contrato com, por exemplo, a Pfizer que não garantiu a entrega. No contrato deles tinha que eles não se responsabilizavam por efeitos colaterais. Quando ainda não tinha vacina, a grande mídia, incluindo a empresa Globo, desautorizou os médicos da liberdade de clinicar e receitar o chamado tratamento precoce”, falou Bolsonaro.

O presidente ainda seguiu defendendo que o lockdown não era necessário da forma como foi feito pelos entes da federação. “Muitos países falam que o lockdown não funcionou. Serviu para atrapalhar a nossa economia e as pessoas se contaminaram mesmo em casa”.

Economia

Bolsonaro também foi perguntado o que pretende fazer na área Econômica para superar a inflação, os juros altos e a desvalorização do real. O chefe do Executivo disse que pretende seguir com a agenda da Economia que pretendia implementar quando assumiu em 2019 e que ficou impossibilitado por causa da pandemia.

“Minhas promessas foram impactadas pela pandemia, por uma seca enorme no ano passado e pela guerra [da Ucrânia]. Os números do emprego estão crescendo. Vamos continuar fazendo o que começamos a fazer em 2019 e fazer as grandes reformas que começamos em 2019. Essas medidas fizeram que a gente passasse em 2020 e 2021 e já começasse a se recuperar agora em 2022", argumentou.

Meio ambiente

Durante a entrevista, a jornalista Renata Vasconcellos lembrou da reunião ministerial de 2020, na qual, o ex-ministro do meio ambiente Ricardo Sales disse que era para aproveitar a atenção da imprensa com a pandemia e ir "passando a boiada", em referência à desregulamentação das políticas ambientais e diminuição do poder dos órgãos fiscalizadores.

Ela lembrou ainda, citando números, que no mandato de do atual presidente, o desmatamento aumentou. O presidente respondeu criticando a atuação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) na atuação de fiscalização quando destrói maquinários e tratores de pessoas que atuam em área de preservação de forma ilegal e defendeu que, ao invés de destruir, os fiscais deveriam retirar os equipamentos.

O mandatário da República foi interpelado ainda sobre a imagem de destruidor de florestas que o Brasil passou a ter diante da comunidade mundial durante o seu governo. Ele respondeu que as críticas são infundadas e criticou países europeus de terem uma política ambiental menos eficiente do que a brasileira e que esses países, ao criticarem, estariam interessados economicamente na Amazônia e no agronegócio do país. “Ninguém quer destruir floresta por livre e espontânea vontade. O Brasil é um exemplo para o mundo. Preserva 66% da sua área verde”, defendeu o presidente.

Relação com o Centrão

William Bonner relembrou que, durante a campanha de 2018, Bolsonaro se apresentou ao eleitorado como o candidato anti-política e que não ia se aliar a partidos com histórico de corrupção e que negociam cargos por apoio político no Congresso. “No entanto, hoje, o “Centrão” é a base do seu governo”, provocou Bonner.

“Você está me estimulando a ser ditador”, Bolsonaro devolveu a provocação e emendou “se eu não governar com os parlamentares, não tem governo. 300 dos parlamentares são do ‘Centrão’. Os partidos de centro fazem parte da base do governo para fazer as reformas. Através do ‘Centrão’, conseguimos o Auxílio Brasil. Como que vou trabalhar sem o parlamento?”, argumentou o presidente.

Educação

Bolsonaro ainda foi interpelado sobre a quantidade de ministros da Educação que o seu mandato teve até o momento. “O primeiro saiu depois de um escândalo, o segundo saiu praticamente fugido do país após difamar ministros do Supremo, o terceiro não ficou nem uma semana porque mentiu sobre o currículo e o quarto saiu após denúncia de corrupção... Por que tanta dificuldade de escolher um ministro para uma pasta tão importante, presidente?”, questionou a jornalista Renata Vasconcellos.

“Por muitas vezes depois que a pessoa chega, você vê que ela não serve para o cargo. As pessoas se revelam quando chegam. Atualmente tenho um ótimo ministro da Educação. Lógico que o ideal era não ter a rotatividade”, explicou.

Relação com a PF e casos de corrupção

A respeito da sua relação tumultuada com a Polícia Federal e de acusação do envolvimento do presidente em investigações da corporação, Bolsonaro se defendeu tentando diminuir o assunto.

“Quem me acusou de interferência da PF foi o ex-ministro Sergio Moro. Eu não tinha a obrigação de revelar a fita daquela reunião”, disse Bolsonaro a respeito da reunião ministerial de 2020, que teve o vídeo vazado e posteriormente o Supremo Tribunal Federal (STF) divulgou para que fosse de conhecimento público e que acabou sendo a justificativa usada pelo ex-ministro da Justiça Sérgio Moro para sair da gestão. “A PF melhorou muito na apreensão de drogas e de armamentos depois da saída dele”, destacou.

Bolsonaro disse ainda que o documento assinado por delegados da PF de que o presidente interferiria em inquéritos conduzidos pela corporação, o presidente tentou diminuir a gravidade da denúncia dizendo que esse foi o posicionamento de alguns policiais depois que o Executivo não conseguiu assegurar o reajuste salarial da categoria.

As sabatinas com os candidatos à Presidência seguem durante esta semana. Nesta terça, 23, será a vez de Ciro Gomes (PDT), na quinta, 25, Luiz Inácio Lula da Silva, e, na sexta, 26, Simone Tebet (MDB).

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