Ex-ministros de Bolsonaro conquistam vagas no Senado

A grande arrancada do presidente Jair Bolsonaro, contrariando as previsões das pesquisas, se refletiu também nos estados, com a eleição de ex-ministros e aliados do chefe do executivo, redimensionando a força do bolsonarismo e garantindo palanque no segundo turno, além de apoio no caso de uma possível reeleição.

A vitória mais simbólica dentre os senadores eleitos com apoio do presidente foi da ex-ministra da Mulher, Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves (Republicanos). Ela disputava a eleição, com o apoio da pela primeira-dama Michelle Bolsonaro, contra outra ex-ministra, Flávia Arruda (PL) e teve uma eleição incontestável, com 714 mil votos.

Damares deixou o ministério em março deste ano, para se candidatar ao Senado. Enquanto esteve à rente da pasta, causou polêmicas. Entre as mais conhecidas, estão um vídeo de 2019 a agora senadora afirmou que o Brasil está em "nova era" em que "menino veste azul e menina veste rosa".

Outra ministra de confiança de Bolsonaro, a deputada federal Tereza Cristina (PP), extitular da pasta da agrocultura, foi eleita senadora pelo Mato Grosso do Sul, com 60% dos votos válidos, o que representa mais de 788 mil votos. Teresa Cristina tem atuação estratégica junto a um segmmento que é um dos pilares do bolsonarismo, o agronegócio, e foi muito criticada pela liberação indiscrinada de agrotóxicos.

Outro aliado de Bolsonaro, Magno Malta (PL) retorna ao senado eleito pelo Espírito Santo, assim como Romário, do mesmo partido, que foi reeleito com mais de 2.302.541 votos. Outros ex-ministros também tiveram bom desempenho. No Rio Grande do Norte, apesar da reeleição da governador Fátima Bezerra (PT), Rogério Marinho (PL), ex-ministro do Deswenvolvimento Regional, conquistou a vaga no Senado Federal com 702.192 votos. Foi a primeira vez que ele concorreu ao cargo.

O ex-ministro da Ciência e Tecnologia Astronauta Marcos Pontes (PL) foiuma das maiores surpresas das eleições. Eleito senador por São Paulo, com 10.310.529 votos, ele superou o ex-governador Márcio França (PSB), fafvorito nas pesquisas, que teve "apenas" 7.487.611 votos.

O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos), que nos últimos tempos se distanciou ede Bolsonaro, ainda assim conseguiu ser eleito senador no Rio Grande do Sul, superando Olívio Dutra, quadro histórico do PT gaúcho.

Até mesmo o ex-ministro da justiça Sergio Moro (União Brasil) se beneficiou da onda bolsonarista e foi eleito senador pelo Paraná, omnde fez carreira como juiz e se notabilizou durante a operação lava-jato. Ele vai ocupar a cadeira que do atual senador Alvaro Dias (Podemos), padrinho político de Moro e que disputava a reeleição.