Pesquisa eleitoral por telefone é a mais segura na pandemia, diz especialista

Com a pandemia do novo coronavírus e a aproximação das eleições municipais, a pesquisa de campo, de forma presencial, se torna mais complicada e deve perder força. De acordo com o diretor da Potencial Pesquisa & Informação, Zeca Martins, durante entrevista na manhã desta terça-feira, 28, para o 'Isso é Bahia, na rádio A TARDE FM, a consulta telefônica tem sido a opção principal e mais segura.

"Neste momento de pandemia é prudente que não se coloque em risco tanto os profissionais que trabalham na área de pesquisa, como as pessoas que são potenciais entrevistados. Temos que usar outros métodos", disse, por telefone.

Zeca considera exaradas algumas críticas feitas aos resultados das pesquisas feitas por telefone e exemplifica o caso do Canadá, que realiza 100% das pesquisas através de ligações.

"A pesquisa telefônica já é realizada há algum tempo por grandes empresas nacionais e internacionais. Hoje, segundo o IBGE [Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística], 98% dos domicílios brasileiros têm pelo menos uma pessoa com linha de celular e isso ajuda bastante", enfatizou.

Além disso, o especialista também destaca que todas as modalidades de pesquisa de opinião têm suas vantagens e limitações e que é importante, para a empresa que realiza, saber quais são estas limitações para uma interpretação mais assertiva dos resultados.

Caso baiano

O diretor da Potencial Pesquisa & Informação também citou as eleições estaduais de 2006 como exemplo efetivo desta modalidade de coleta de dados. Segundo Zeca Martins, a maioria das pesquisas de opinião de 2006 apontava Paulo Souto como vencedor em primeiro turno para o Governo do Estado. "Nós fomos os responsáveis pelo único estudo que apontou Jacques Wagner vencendo no primeiro turno e este trabalho foi feito todo por entrevista telefônica", contou.

O especialista na área também explica que os resultados da pesquisa não interferem diretamente se um candidato vai ou não ganhar uma eleição, mas auxilia que a equipe estratégica dos candidatos planejem a campanha.

"Isso porque a pesquisa traz informações sobre comportamento de eleitorado, sobre preferência e outras informações", frisou.