A prisão do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro, investigado na operação "Acesso Pago", movimentou o cenário político e provocou reações dos pré-candidatos à Presidência. A Polícia Federal apura tráfico de influência no direcionamento das verbas do Ministério para atender pedidos de pastores , o que levantou suspeitas de corrupção na gestão do presidente Bolsonaro (PL), candidato à reeleição.
Ciro Gomes (PDT) chamou Ribeiro de “falso pastor” e o acusou de atuar junto com o presidente Bolsonaro. A declaração foi dada durante entrevista do ex-ministro à rádio baiana Nova Manhã e noticiada pelo jornal O Globo.
"Na educação, a tragédia. O pior investimento na história, as universidades estão fechando as portas e a gente recebe a notícia que estão roubando dinheiro da educação. Um camarada, que é do grupo de falsos pastores, que despachava com o Bolsonaro. Não adianta dizer que foi o pastor. O Bolsonaro que mandou o ministro picareta. O negócio para lavar dinheiro era com barras de ouro", disse o pedetista.
A senadora Simone Tebet (MDB-MS), por sua vez, usou as redes sociais para comentar o caso. “A prisão preventiva do ex-ministro e de lobistas por suspeita de corrupção revela todo desmando que virou a Educação neste governo. O que deveria ser prioridade nacional e política de estado virou manchete policial. Corrupção também é marca desse governo. Nas vacinas, na educação, no orçamento secreto. O Brasil precisa de um novo caminho. É possível fazer diferente”, escreveu.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não se posicionou sobre o caso. No perfil do PT, a sigla compartilhou um vídeo com a fala de Bolsonaro afirmando que colocaria "a cara no fogo" por Milton Ribeiro. O pré-candidato pelo Avante, deputado federal André Janones (MG), também ironizou:“Ministro do governo “sem corrupção” preso por corrupção. Taokey? Bom dia”, escreveu no Twitter, imitando bordão atribuído à Bolsonaro.