AVALIAÇÃO DA GESTÃO
Sucessor de Neto, Bruno Reis tem 53,6% de desaprovação
Pesquisa AtlasIntel/A TARDE mostra que percepção da população é que gestão não prioriza os mais pobres
Por João Guerra

A continuidade do ex-prefeito de Salvador e atual candidato ao Governo da Bahia pelo União Brasil, ACM Neto, não tem sido bem avaliada pelos soteropolitanos. 53,6% dos soteropolitanos entrevistados na pesquisa AtlasIntel/ATARDE desaprovam a gestão do sucessor, principal cabo eleitoral e ex-vice de Neto na Prefeitura de Salvador, Bruno Reis.
Isso é o que aponta a primeira pesquisa AtlasIntel/A TARDE sobre as políticas públicas e o nível de satisfação da população da capital baiana com o executivo municipal, que além da taxa de rejeição do governo da capital baiana, mostrou que Reis tem sua gestão aprovada apenas por 33,9%. 12,5% dos entrevistados não souberam ou não quiseram responder.
O levantamento foi realizado por recrutamento digital aleatório, com 800 entrevistados de sexta-feira, 9, até segunda-feira,12.
Dos 16 itens analisados pelo estudo, Bruno Reis foi mal avaliado em 15. Sendo que em 12 deles recebeu mais de 50% de avaliação ruim ou péssima.
O combate à pobreza, assistência à população de rua, atuação da Guarda Municipal, corrupção e facilidade para o empreendedor são os temas nos quais o mandato de Bruno Reis tem os maiores índices de reprovação.
No combate à pobreza, Reis foi reprovado por 74% dos entrevistados, assistência à população de rua e atuação da Guarda Municipal, ambas com 65% de ruim ou péssimo. Corrupção (72%) e facilidade para o empreendedor (68%), ocupam a segunda e terceira colocações, respectivamente.
Além disso, para 64% dos que responderam à pesquisa falta uma política de habitação popular efetiva, 55% dos entrevistados se queixam da oferta de creches e do ensino nas escolas da rede municipal (ruim ou péssimo). Quase o mesmo índice apurado na avaliação dos serviços de saúde (56%).
“A percepção geral é que a Prefeitura não prioriza os mais pobres e sim os mais privilegiados”, avaliou Andrei Roman, cientista político e executivo-chefe do AtlasIntel, ao explicar os dados em entrevista ao A TARDE.
Essa percepção de que a cidade gerida por Bruno Reis é desigual na atenção dada a determinadas regiões do município e a segmentos aparece na estratificação mostrada pelo estudo. A aprovação do prefeito é maior entre os de maior escolaridade e maior renda.
Quanto à escolaridade, ao passo que 14,1% dos entrevistados com ensino fundamental aprovam a gestão da cidade, entre os que têm ensino médio (40,4%) e superior (40%) a aprovação aumenta.
No que diz respeito à renda, entre os que ganham de R$ 3 mil a 5 mil, 39,4% aprovam a gestão. Dos que ganham de R$ 5 mil a 10 mil, 57,4% estão satisfeitos com a Prefeitura; quando a renda é superior a R$ 10 mil mensais, a aprovação fica em 53,7%.
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