POLÍTICA
Feliciano anuncia rebelião se projeto "cura gay" for vetado
Por Da Redação

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, Marco Feliciano, afirmou nesta quarta-feira, 19, que faria uma rebelião da bancada evangélica se o governo interferir na votação do projeto conhecido como "cura gay".
Na mesma ocasião, durante uma audiência pública da comissão, o deputado negou que a votação do projeto tenha sido uma resposta às recenetes manifestações que são realizadas em várias cidades brasileiras.
Feliciano aproveitou ainda para atacar a ministra de Direitos Humanos, Maria do Rosário, que prometeu mobilizar o governo para impedir a votação. Ele recomendou "juízo para a dona ministra", disse que ela "mexe onde não devia" e recomendou que ela procure a presidente Dilma Rousseff porque "o próximo ano" tem eleições.
O projeto da "cura gay" prevê a suspensão de dois trechos da resolução do Conselho Federal de Psicologia instituída em 1999, que orientam os psicólogos a não colaborarem com "serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades" nem participarem de "de pronunciamentos públicos, nos meios de comunicação de massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica".
Nesta terça, a ministra Maria do Rosário condenou a votação do projeto na comissão. "O projeto significa um retrocesso na medida em que não reconhece a diversidade sexual como um direito humano. Quando se fala em cura, se fala na verdade que as pessoas estão doentes", disse Rosário. "Somos cientes da responsabilidade de dialogarmos mais para que o projeto não venha a ser aprovado."
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