DIREITOS HUMANOS
Governo vai rever anistia negada à Dilma na gestão de Bolsonaro
Ex-presidente reivindica direito em razão da perseguição sofrida durante a ditadura militar
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) irá rever a decisão da Comissão de Anistia que negou o benefício à ex-presidente, Dilma Roussef, durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL).
O requerimento, protocolado há 21 anos, foi apresentado em abril do ano passado e negado pela comissão. Dilma havia reivindicado a condição de anistiada e o direito a uma indenização de R$ 10,7 mil mensais pela prisão e torturas sofridas durante a ditadura militar.
Presente na sessão que negou a solicitação, Paulo Teixeira, hoje ministro do Desenvolvimento Agrário, criticou a decisão e os votos contra a anistia da economista.
“Achei que estivesse numa Comissão de Anistia, mas estou numa Comissão de Tortura. É mais uma tortura contra a ex-presidente”, disse Teixeira na ocasião.
Na época, em meados dos anos 70, a petista se viu na obrigação de pedir demissão de seu emprego por perseguição política. Além disso, teve que abandonar o curso de Economia na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) por seu nome constar em uma lista de 97 supostos comunistas infiltrados no governo.
Conforme anunciado pelo no ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, a comissão de Anistia voltará a se reunir ainda este ano. O caso de Dilma foi analisado durante a transição e integrantes do grupo dos direitos humanos defenderam a revisão dessa decisão.
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