POLÍTICA
Líder do MBL recebe apoio de políticos de oposição na Bahia
Por Davi Lemos

O coordenador nacional no Movimento Brasil Livre (MBL), Kim Kataguiri, reuniu-se nesta terça-feira, 9, com lideranças de oposição em um café da manhã, no Mercado do Rio Vermelho, e destacou ser necessário que as manifestações contrárias ao PT não ocorram somente nas ruas, mas em parceria com lideranças político-partidárias.
"Defendemos pautas liberais e republicanas. Podemos ajudá-los nestas pautas, com manifestações de rua. Não somos um movimento antipartidário nem antipolítico. Seria infantil agir assim", destacou Kataguiri, 19 anos.
Ele salienta quo movimento não defende apenas o impeachment da presidente Dilma Roussef, mas defende um estado mais enxuto, que cobre menos impostos e a privatização de empresas como a Petrobras. "Defendemos a redução da máquina pública de forma que o indivíduo tenha mais liberdade de empreender por conta própria. Queremos um país que seja menos do estado e mais do cidadão", disse.
Mas ela cobra uma participação das chamadas elites. "A elite brasileira quer ir para Miami. Não quer melhorar o país", disse o ativista, que é filho de metalúrgico e roqueiro. O deputado federal José Carlos Aleluia, presidente estadual do DEM, concordou com o ativista e considerou que a maioria da população é moralmente conservadora e economicamente liberal, mas sente-se "envergonhada" para dizer não ser de esquerda.
Protesto
Um dos objetivos de Kim Kataguiri em Salvador é participar, na quinta-feira, 11, às 16h, do ato de protesto contra o Congresso do PT e um dos cadernos de teses de uma ala mais radical do partido que, dentre outros, pontos, defende censura à imprensa sob o eufemismo de "democratização" e, até mesmo, afastamento de ministros do Supremo Tribunal Federal que não sejam alinhados.
O protesto ocorrerá na praça Brigadeiro Faria Rocha, no Rio Vermelho, próximo ao local do evento petista, o Hotel Pestana. "O caderno de teses é uma tentativa do PT de se desvincular dos escândalos de corrupção, de desvincular Lula da presidente Dilma. Claro que há dentro do PT aqueles que querem fechar Rede Globo, por exemplo, mas eles não têm sustentação popular, política nem de mídia", considerou Aleluia.
Aleluia considerou que o interesse do PT com o Mensalão e o Petrolão era consolidar um "império". Por sua vez, Kataguiri aponta que o desmantelamento da economia atinge principalmente os pobres. "Apesar de dizer que defende os pobres, o maior prejudicado com a inflação é o pobre, que não tem patrimônio suficiente para fazer aplicações que rendam mais que a inflação", observou Kim Kataguiri.
O democrata esteve acompanhado no café da manhã de outros parlamentares, como os deputados estaduais Sandro Régis e Pablo Barroso (DEM), Luciano Simões (PMDB) e Augusto Castro (PSDB). Régis declarou que os deputados de oposição na Assembleia Legislativa apoiarão o ato do MBL.
O coordenador estadual do MBL, Ricardo Almeida, disse que o ato de amanhã não reunirá públicos similares aos dos dias 15 de março e 12 de abril. "Será um movimento menor, até porque os outros dois foram realizados em domingos", comparou.
Kim Kataguiri tinha compromisso ontem à noite e na manhã de hoje, em Feira de Santana, onde o colaborador do movimento, o médico Eduardo Leite, organizou uma agenda com palestra e entrevistas à imprensa local.
Compartilhe essa notícia com seus amigos
Cidadão Repórter
Contribua para o portal com vídeos, áudios e textos sobre o que está acontecendo em seu bairro
Siga nossas redes